Frases sobre a Bíblia

00:32:00

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Se eu a coloco (a Bíblia) abaixo de todos os livros, ela é a que mantêm todos eles, se eu a coloco no meio dos outros livros, ela é a coração desses livros, e se eu a coloco em cima dos outros livros, ela é a cabeça e autoridade de todos os livros em minha biblioteca.
- Rui Barbosa

A Bíblia parece uma orquestra sinfônica, tendo o Espírito Santo como seu maestro;cada instrumento foi trazido voluntária, espontânea e criativamente para tocar suas notas exatamente como o grande maestro queria, embora nenhum dos músicos pudesse ouvir a música como um todo.

- J. I. Packer

Um simples cristão com a Bíblia na mão pode dizer que a maioria está errada.

- Francis Schaeffer


A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da igreja de Cristo.

- C. H. Spurgeon


A divindade de Cristo é a doutrina-chave das Escrituras. Rejeite-a, e a Bíblia tornar-se-á um amontoado de palavras sem qualquer tema que lhe dê unidade. Aceite-a, e a Bíblia tornarse-á uma revelação compreensível e ordenada de Deus na pessoa de Jesus Cristo.

- J. Oswald Sanders


Nossa fé é alimentada pelo que está claro nas Escrituras e testada pelo que é obscuro.

- Agostinho


Enquanto outros livros informam e poucos reformam, só este livro transforma.

- A. T. Pierson


A Bíblia é uma mina de diamantes, um colar de pérolas, a espada do espírito; um mapa pelo qual o cristão navega para a eternidade; o roteiro pelo qual anda todos os dias; o relógio pelo qual acerta sua vida; a balança com a qual pesa suas ações.

- Thomas Watson


O cristão percebe que os dentes do tempo roem todos os livros, menos a Bíblia... Dezenove séculos de experiência a têm provado. Ela passou pelo furor da crítica que nenhum outro volume sofreu; suas verdades espirituais suportaram as chamas e saíram ilesas até do cheiro de queimado.

- W. E. Sangster

A Bíblia é uma janela na prisão deste mundo, através da qual podemos olhar para a eternidade.

- Timothy Dwight


Quero conhecer uma coisa: o caminho para o céu... O próprio Deus dignou-se a ensinar o caminho... Ele o escreveu em um livro. Oh, dá-me esse livro! A qualquer preço, dá-me o livro de Deus!

- John Wesley


O homem que não está preparado para prestar obediência à Palavra de Deus não é capaz nem de ouvi-la corretamente. Por isso as parábolas tornam-se janelas para algumas pessoas e muros para outras.

- J. Blanchard

Onde a Bíblia não tem voz, não devemos ter ouvidos.

- John Trapp


A Bíblia é entre os livros aquilo que Cristo é entre os homens.

- Anônimo


A Bíblia, como revelação de Deus, não tem a intenção de nos dar todas as informações que pudéssemos desejar nem de resolver todas as questões com as quais a alma humana vive perplexa, mas a de transmitir o suficiente para ser um guia seguro para o porto do descanso eterno.
- Albert Barnes


Encha seu coração e sua mente com a Palavra de Deus. Memorize versículo, de modo que você possa citar a passagem corretamente quando estiver em reuniões ao ar livre ou pregando para alguma pessoa. Ao fazer isso, estará lançando sementes no coração dela, as quais serão germinadas pelo Espírito Santo. Ele será capaz de trazer à sua mente aqueles textos que você memorizou um dia. Você precisa estar ensopado com a palavra de Deus, tão cheio dela que você mesmo seja uma carta viva, conhecida e lida por todos os homens. Os crentes são fortes apenas quando a Palavra de Deus habita neles.

- Smith Wigglesworth

Fonte: http://www.arsenaldocrente.blogspot.com/

Luciano

Pregadores, televangelistas e cantores mais populares do que Jesus Cristo

16:21:00

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Muitos cristãos reprovaram e reprovam até hoje a frase de John Lennon: “Nós já somos mais populares do que Jesus Cristo”, publicada no jornal The London Evening Standard, em 1966. O astro quis dizer que os Beatles tinham maior influência sobre a juventude do que Jesus. Mas, quinze anos depois dessa declaração, ele foi assassinado por um fã enlouquecido, levando muitos a associarem a trágica morte com a infeliz declaração acima.Bem, o que temos visto hoje, no meio evangélico? Vemos os mesmos evangélicos que consideram a declaração de Lennon blasfema se portando como fãs de cantores e pregadores! Isso mesmo. Basta folhearmos algumas revistas evangélicas, visitarmos alguns sites e participarmos de alguns congressos de jovens e adolescentes (e de missões também) para percebermos como cantores e pregadores são, para muitos, mais populares do que Jesus Cristo! O fã-clube já se tornou comum em nosso meio.É PECADO SER FAMOSO?Não é pecado ser admirado, ter fama (uma boa fama, é claro), pois até o Senhor Jesus era famoso, a ponto de a sua fama correr por toda a parte (Mt 14.1; Lc 4.14). O que é errado é buscar a fama e incentivá-la. E, qual é a finalidade do fã-clube? Alimentar a fama de astros.Nada tenho contra pessoas que admiram pregadores e cantores. O apóstolo Paulo até incentivou os coríntios a imitá-lo (1 Co 11.1). Aliás, há pessoas que me admiram como pregador e escritor, como se vê neste blog. Mas que ninguém venha me dizer que eu sou o maior pregador, o melhor escritor e, com isso, criar o fã-clube do Ciro. Eu não posso impedir que alguém faça isso, porém eu jamais incentivaria ou apoiaria um fã-clube em torno do meu nome.Somos livres para admirarmos pessoas, mas hoje em dia tem havido idolatria no meio do povo de Deus. Certos cantores e pregadores são, para muitos crentes, mais populares do que Jesus Cristo. Eu gosto de alguns hinos de certa cantora, mas onde ela chega todos ficam maravilhados, e os holofotes voltam-se para ela. A estrela chegou! Ela é ou não é mais popular do que Jesus Cristo?QUEM É O MAIOR PREGADOR?Certo pregador ficou sem graça, em um grande evento, pois, no meio de sua pregação, a mencionada cantora chegou, e todos se viraram para vê-la, deixando o pregador falando palavras ao ar. Eu já passei alguns apuros em congressos em que o público, em sua maioria, participa só para ver o cantor fulano. Muitos saem na hora da mensagem, e ao final da reunião tudo o que querem é ficar perto do seu ídolo... Isso é idolatria! E muitos jovens estão embarcando nessa “canoa furada”.O que vemos no Orkut? Pessoas que se dizem cristãs debatendo sobre quem é o melhor pregador ou cantor do Brasil... Ora, isso cheira idolatria! Muitos jovens não são capazes de defender o evangelho de Cristo, mas, se alguém falar alguma coisa de seu cantor ou pregador preferido, prepare-se para a guerra. Que engano!É claro que podemos admirar, defender, se for o caso, alguém que admiramos, mas blindá-lo de tal modo, a ponto de não admitir que ninguém fale nada de suas pregações ou composições é uma postura extremada e perigosa. Por que os crentes de Beréia foram considerados nobres? Justamente por examinarem à luz da Palavra de Deus tudo o que era pregado (At 17.10,11). Hoje, se eu examinar a pregação ou composição de alguém — o que é perfeitamente lícito, biblicamente (Jo 7.24; Mt 7.15; 1 Jo 4.1; 1 Co 2.15; 1Ts 5;21) —, por mais que nelas haja heresias e incongruências, os fãs de plantão ameaçam, xingam, dizem que eu sou invejoso, etc. Que tipo de crentes são esses? São aqueles que consideram os seus cantores e pregadores favoritos mais populares do que Jesus Cristo!Para quem não sabe, eu admiro muita gente, uns mais, outros menos. E há pessoas (poucas) que eu admiro muitíssimo. Mas não as considero irrepreensíveis e imutáveis. Infalível é o Senhor Jesus, no qual fixo os meus olhos (Hb 12.1,2), e a sua Palavra (1 Pe 1.24,25).VOCÊ PARTICIPA DE FÃ-CLUBE?O que é mais triste é ver que muitos cantores e pregadores apóiam clubes de fãs, ignorando que Deus não dá a sua glória para ninguém (Is 42.8). E, se eles têm uma boa voz; se pregam ou cantam bem, com unção do Espírito, tudo é porque que o Senhor os tem abençoado (Is 50.4).É óbvio que todos nós queremos que o povo goste de nosso trabalho, mas, no caso do crente em Jesus, o seu objetivo maior é agradar a Deus. Estêvão, quando pregou diante das autoridades, todos taparam os ouvidos. E, ao final de sua exposição, ele foi apedrejado (At 7.57). Alguém diria: “Que fracassado!” Porém, ele, antes, cheio do Espírito, ao olhar para o Céu, que estava aberto, vira o Senhor Jesus em pé, ao lado de Deus Pai, em sinal de aprovação (At 7.55). Temos de cantar e pregar para deixar Jesus em pé, e não o povo! Se bem que, se as duas coisas acontecerem, é o ideal.Há cantores e pregadores — mais populares do que Jesus Cristo — dizendo que apóiam os clubes de fãs porque são formados por intercessores, ajudadores, etc. Ora, o apóstolo Paulo tinha os seus apoiadores (Rm 16), e Jesus também tinha os seus discípulos. Mas não confundamos as coisas! O conceito de fã-clube é secular, mundano, e a Palavra de Deus nos orienta a não nos conformarmos com o mundo (Rm 12.1,2; 1 Jo 2.15-17).Os astros costumam ser vaidosos, exigentes, imodestos... Infelizmente, vemos hoje cantores e pregadores agindo como os tais. Pedem para ficar no hotel ou em uma sala com ar condicionado até que chegue a hora de se apresentarem; não participam do culto. Por outro lado, alguns irmãos, mal-orientados, não param de tirar fotos: antes, durante e depois da apresentação dos cantores ou pregadores. Muitos desses crentes mal-orientados ficam deslumbrados por terem tocado em um cantor ou pregador... Diga-me: Isso não é idolatria?DEUS NÃO DÁ SUA GLÓRIA A OUTREMA bem da verdade, se alguém me considera um exemplo (glória a Deus por isso), reitero que também tenho os meus referenciais. Mas não contem com o meu apoio para a criação de um fã-clube. Não confundamos o profano com o sagrado. Culto não show. Neste, os astros se apresentam aos seus fãs. No culto, todos louvam ao Senhor Jesus. O cantor evangélico que se preza não é igual ao cantor mundano. O pregador compromissado com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus não reúne pessoas à sua volta. Moisés reuniu o povo em redor da rocha, que, nesse caso, representa Cristo (1 Co 10.4; 1 Pe 2.4).O conselho que dou a todos os jovens é que deixem de lado as efemeridades e amadureçam, a fim de que agradem a Deus (Ec 12.1). O Senhor Jesus não os salvou para que sejam fãs de cantores e pregadores. Isso a nada leva. Nem o Senhor Jesus deseja ter fãs! Ele chama os que, renunciando a si mesmos e tomando a sua cruz, desejam ser seguidores (Lc 9.23).Lembremo-nos do que está escrito em Isaías 42.8: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei...”Glória seja dada ao maravilhoso nome de Jesus!
Ciro Sanches Zibordi

Luciano

Uma longa resposta a um antipentecostal

17:58:00

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ncontrei no site www.palavraprudente.com.br um artigo denominado “O Paradoxo Pentecostal”, pelo qual o seu autor, um missionário, verbera contra o que desconhece: o pentecostalismo bíblico e clássico. Fala, fala, fala, mas sem conhecimento de causa. E, como esse nobre missionário citou este pobre escritor, de maneira indireta, inclusive mencionando os livros Erros que os Pregadores Devem Evitar e Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, também tomarei a liberdade de comentar o seu artigo sem citar o seu nome...
Diz o antipentecostal: “Há cerca de um século, o mundo protestante se viu invadido por um movimento avivalista que recebeu o nome de “movimento pentecostal”. Este recebeu tal título por supostamente basear-se nos fatos acontecidos no célebre dia de pentecostes que ocorreu após a ascensão de Cristo aos céus, e que é detalhadamente explicado no capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos”.
Em primeiro lugar, queira ou não queira o senhor missionário anti-pentecostal, o que ocorreu no dia de Pentecostes deu-se em cumprimento das profecias de Isaías (44.3), Joel (2.28,29), João Batista (Mt 3.11) e do próprio Senhor Jesus (Lc 24.49). E mais: o apóstolo Pedro, inspirado por Deus, disse que a promessa ali cumprida, de maneira parcial, diz respeito a todos quantos Deus, o nosso Senhor, chamar: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (At 2.39).
Mas o tal missionário continua a sua divagação: “Segundo seus propagadores todo crente deveria buscar a mesma experiência vivida pelos apóstolos nesse dia, ou seja, segundo eles todos devem falar em línguas (alguns também chamam línguas estranhas). E ainda, segundo suas idéias, isso se dá o nome de batismo com Espírito Santo. Todo crente deve, segundo a doutrina pentecostal buscar essa experiência”.
Caros internautas, como esse senhor está equivocado, com todo o respeito! Pensa ele que as verdades pentecostais foram inventadas por um grupinho de ignorantes. Ora, o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais são verdades bíblicas irrefutáveis, a menos que desprezemos o livro de Atos dos Apóstolos, 1 Coríntios 12 a 14, 1 Tessalonicenses 5.19-21, etc. Estude pelo menos essas passagens sem preconceito. Elas falam por si mesmas.
“Como já dissemos, praticamente um século se passou e muitos, extremamente mal instruídos e preparados não se aperceberam de que o referido texto não fala em batismo. Que essa experiência só se repetiu mais duas vezes, em cumprimento a uma profecia de Jesus. E que falar em línguas é um dom do Espírito Santo, como o são outros oito descritos em I Coríntios 12. Outros líderes, entretanto, mesmo sabendo do engano, seguiram com a doutrina equivocada, mesmo porque já era tarde para reparar o equívoco. Afinal, como explicar para os milhares de membros das denominações pentecostais que eles foram ensinados errado até agora?” — verbera o tal missionário.
Como se lê no próprio capítulo 2 de Atos, o que aconteceu ali foi apenas uma amostra do que Deus faria a partir daquele marco. A promessa diz respeito, como já citei, a tantos quantos o Senhor chamar. Mas o tal missionário demonstra falta de conhecimento bíblico ao dizer que a experiência do dia de Pentecostes só se repetiu duas vezes. Haja vista o livro de Atos do Apóstolos, que apresenta derramamentos de poder em que manifestações similares à ocorrida no capítulo 2 são mencionadas de modo claro ou implicitamente (cf. caps. 8,10 e 19).
Em 1 Coríntios 12 e 14, são mencionadas línguas da parte do Espírito Santo que edificam os que as pronunciam, além do dom de variedades de línguas. Quem estuda esses capítulos sem preconceito chega a essa conclusão. Há, por conseguinte, línguas como sinal visível do batismo com o Espírito Santo. E existem línguas que são mensagens proféticas para a igreja, as quais, nesse caso, precisam de interpretação. A Bíblia não é um livro manipulável. Ela é a Palavra de Deus (1 Ts 2.13) e deve nos guiar (Sl 119.105).
Diz mais o teólogo antipentecostal:
“Teólogos renomados, no afã de defender suas fileiras chegaram ao cúmulo de afirmar que só quem fosse ‘batizado’ com o Espírito Santo, ou seja, falasse em línguas estranhas, poderia estar à frente do trabalho do Senhor. Coitados. Esqueceram Lutero, Calvino, Spurgeon e Martin Luther King, só para citar os óbvios, que nunca falaram nenhuma língua estranha e tocaram a obra cheios da unção de Deus”.
Quanto a isso, apesar do infeliz adjetivo empregado pelo missionário, “coitados”, concordo com ele, em parte. Podemos, sim, trabalhar para Deus sem termos recebido o revestimento de poder. Contudo, não podemos abrir mão desse poder do alto ou desprezá-lo (1 Ts 5.19; Ef 6.10-18). O próprio Senhor Jesus disse: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre nós, e ser-me-eis testemunhas...” (At 1.8). É para isso que serve essa gloriosa dádiva. Não é para salvação ou para o crente se gloriar. É um revestimento de poder, pelo qual somos melhor capacitados para fazer a obra do Senhor (Lc 24.49; At 9.17; 13.9).
Prossegue o missionário: “Com o advento do pentecostalismo passou a se ver nas igrejas algumas coisas nunca vistas antes. O que antes era um culto racional tornou-se um centro de emocionalismo exacerbado, onde na grande maioria dos casos as pessoas quase nunca conseguem ouvir a pregação da Palavra de Deus. A coisa chegou ao ponto de pastores recriminarem irmãos que não choram na hora do culto. O barulho alcançou decibéis muitas vezes insuportáveis, e é de se imaginar nesses momentos como Jesus ou Paulo pregavam”.
De fato, há exageros. Mas isso invalida a doutrina bíblica dos dons espirituais? Claro que não. Extremos existem, e eu estou consciente disso, assim como ser frio, sem fervor, racionalista (e não racional) constitui outro extremo igualmente perigoso, não é mesmo? "Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias" (1 Ts 5.19,20). E não venha me dizer que "profecias" aqui é uma referência à pregação da Palavra, e não aos dons espirituais. É preciso ser honesto e considerar o que a Palavra de Deus diz.
“Alguém poderia imaginar o Rei dos Reis pulando e correndo enquanto pregava o evangelho da salvação? Ou mesmo Paulo de Tarso pulando em um pé só ou atirando-se ao solo urrando ou gemendo? Mesmo Lutero, será que entraria por essa linha? Essa modificação homilética chegou com o pentecostalismo, que confundiu pregações avivadas, como as de Wesley, com barulho emotivo e vazio. Eis a primeira contribuição prática do movimento. Passagens com Eclesiastes 5:1,2; Habacuque 2:20; Romanos 12:1 e I Coríntios 14:40, perderam completamente o sentido, sendo sumariamente ignoradas” — diz o missionário, com razão.
Entretanto, não podemos ignorar que os dons do Espírito são para nós, hoje, e precisamos deles. O fato de haver meninices ou até mesmo ações demoníacas em muitos lugares, haja vista “a bênção de Toronto” e outros “retetés”, não invalida o que os genuínos dons espirituais. Ainda existem verdadeiros adoradores; ainda há homens e mulheres submissos ao Espírito Santo, que não agem por impulso ou carnalidade. Antes, são usados por Deus, que por meio dos dons edifica, consola e exorta o seu povo (1 Co 14.3ss).
Prossegue o antipentecostal: “Com o tempo a coisa foi piorando. Além da exigência infundada de que as pessoas deveriam buscar a todo custo algo que elas já teriam (o batismo com o Espírito Santo), os cultos passaram a ser classificados. Culto ‘frio’: onde se prega a Palavra de Deus de forma clara e fiel, sem invenções ou arroubos. Culto ‘quente’: onde as pessoas gritam, pulas e se descabelam. Sobem nas cadeiras, saem correndo pela igreja, sacodem uns aos outros e coisa pior. A lista é grande. Lembrando sempre: estas coisas se dão dentro da Casa de Oração do Senhor dos Exércitos. A Palavra de Deus foi perdendo terreno aos poucos. As visões, profecias, arrebatamentos e outros sinais, além das línguas passaram a ser componentes indispensáveis para que um culto fosse considerado com ‘unção’”.
Concordo, como já disse, que há extremismos em muitos cultos “pentecostais”. Mas não podemos negar que existe a verdadeira doutrina pentecostal, bíblica, equilibrada. Nota-se, por outro lado, que o missionário, devido à sua ânsia por refutar o pentecostalismo, comete erros elementares. A afirmação, por exemplo, de que os crentes não precisam buscar o batismo com o Espírito Santo porque já o possuem não reflete boa exegese. Primeiro, porque uma coisa é ser batizado no Corpo de Cristo (1 Co 12.13), e outra, bem diferente, é receber um revestimento de poder (Lc 24.49). Não podemos confundir selo com batismo (Ef 1.13,14). A operação do Espírito é multiforme. Ele convence, regenera, sela, reveste de poder, etc.
Aliás, caro missionário, no meu livro Erros que os Pregadores Devem Evitar, que o senhor fez questão de citar de modo pejorativo e com o título alterado, há uma explicação exegética sobre isso. Investigue. Seja coerente. Todos nós podemos julgar, provar, examinar, discernir (1 Ts 5.21), mas que façamos isso de maneira prudente, equilibrada e, sobretudo, à luz das infalíveis Escrituras.
“Além disso, surgiu uma teologia estranha à Bíblia acerca de vestes, que logo se tornou uma imposição farisaica, e que persiste até hoje. Interessantíssimo é ver que igrejas da mesma denominação, associação ou convenção, que são regidas pelo mesmo estatuto ou regimento interno, não pregam a mesma coisa. Em uma igreja mulher é obrigada a usar saia. Em outra pode usar calça. Em algumas, brincos são permitidos, em outras são vistos como coisas de satanás. Mas, afinal, não são os líderes mensageiros de Deus? Terá Deus duas palavras? Acredito que não. Algo está errado. Depois de anos e anos de perseguição, as denominações pentecostais estão sendo desmascaradas nesse ponto” — diz o antipentecostal, agora querendo claramente ridicularizar os pentecostais.
Antes que eu responda, leiamos mais um parágrafo do artigo em análise.
“E como ficam os crentes de décadas passadas, que foram sumariamente perseguidos por seus líderes nessa questão, e que hoje vêem as coisas mudadas? Será que há trinta anos Deus proibiu uma coisa e hoje esse mesmo Deus liberou-a? Ou será que na verdade não era a voz de Deus que estava falando, e sim a voz do homem? Observe uma igreja tradicional (por exemplo, uma Presbiteriana ou uma Batista) e veja quantas vezes ela mudou sua declaração doutrinária. Agora veja as igrejas pentecostais e analise a mesma coisa. Estão muito diferentes de quando foram fundadas. Que doutrina é essa?”
"Que doutrina é essa?" — pergunta o nobre missionário. Bem, reitero que concordo como artigo quanto ao perigo dos extremismos. Quanto aos usos e costumes, há sim exageros. É preciso levar em conta que há bons e maus costumes. Muitos obreiros leigos, mas chamados por Deus, não souberam como lidar com essas questões consuetudinárias, confundindo costume com doutrina. Por outro lado, é inegável que a Palavra de Deus trata dessa questão. O traje, à luz de 1 Timóteo 2.9, deve ser honesto, com pudor e modéstia. Em Tito 2.10, somos estimulados a termos um porte tão distinto do mundo, a ponto de sermos “ornamento da doutrina de Deus”. Estude também, à luz das línguas originais, 2 Tessalonicenses 2.15 e 3.6. Verifique se não é importante o nosso porte.
Mas o missionário prossegue verberando contra o pentecostalismo: “A partir da metade do século XX algo começou a mudar. Igrejas tradicionais começaram a embarcar nesta onda. O que antes era restrito às denominações pentecostais espalhou-se no meio reformado de raiz. E o que aconteceu? Rachas atrás de rachas. Uma pergunta: Deus se alegra com divisões? E o que o movimento pentecostal mais trouxe ao Brasil? Isso mesmo: divisões. Só para citar um exemplo, a maior igreja pentecostal de Brasil surgiu de uma divisão, quando dois missionários suecos causaram um racha em uma igreja tradicional em Belém (PA) e levaram consigo 19 membros da igreja alheia. Foi isso que Deus os mandou fazer no Brasil? Até onde sabemos missionários andam em busca de almas perdidas, e não daquelas que já estão convertidas”.
O desconhecimento da História das Assembléias de Deus por parte desse missionário anti-pentecostal é notório. O genuíno Movimento Pentecostal é o que mais cresce em número, deixando os anti-pentecostais cheios de inveja. Mas quantidade de membros não é a melhor maneira de se verificar se determinado movimento agrada ou não ao Senhor. É preciso considerar os frutos. E estes são muitos.
Quanto aos irmãos citados, excluídos sem nenhuma piedade pela liderança daquela tradicional igreja, no Estado do Pará, eles não tiveram outra alternativa a não ser se reunirem e buscarem mais e mais ao Senhor Jesus, que os abençoou, fazendo com que almas e mais almas fossem alcançadas por meio de seu testemunho. A despeito de eu ser um pobre e ignorante pentecostal, quero dar um conselho a esse experiente missionário. O senhor precisa estudar um pouco mais, pois escrever relativamente bem nem sempre ajuda. É preciso ser verdadeiro e honesto. Critique os pentecostais, mas faça isso com certeza, convicção, e não por mera antipatia.
“Quando o movimento invadiu o meio tradicional foi um “Deus-nos-acuda”. As divisões foram inevitáveis. E então começou um processo chamado “tiro no pé”. O raciocínio é simples. Assustados com o crescimento vertiginoso das denominações pentecostais, pastores tradicionais se sentiram diminuídos, e passaram a entender que, se cresciam os “avivados”, é porque o movimento devia estar correto. Tolinhos. As religiões que mais crescem no mundo são o islamismo, o mormonismo e as Testemunhas de Jeová. Estão eles certos porque crescem muito? E a igreja evangélica que mais rápido se expande no Brasil é a IURD. Vamos adotar suas práticas estranhas ao evangelho por isso? Esse foi o erro da igreja tradicional. E que vem persistindo”
Leiamos mais um parágrafo do artigo.
“Mas o mais engraçado, é que quando os tradicionais se tornaram pentecostais, em alguns aspectos acabaram se tornando ainda mais exagerados em suas celebrações. O culto santo, racional e reverente de adoração a Deus tornou-se, com o perdão da palavra, uma baderna generalizada. Abraçaram práticas descabidas como quebra de maldições hereditárias e intervenções territoriais completamente equivocadas, unção de objetos e outras coisas. E ai de quem disser o contrário. É frio, incrédulo, tradicional e outros rótulos menos dignos. Está quase desviado. Simplesmente porque só quer ouvir a Palavra de Deus”.
Os parágrafos acima demonstram o quanto o amado irmão anti-pentecostal precisa de equilíbrio. Colocar no mesmo bojo pentecostalismo histórico e neopentecostalismo (que na verdade está mais para neoliberalismo) é uma grande falácia, de quem pretende demonstrar que todos aqueles que não pertencem a uma denominação considerada tradicional jamais poderão ser “iluminados”. Ora, isso é muita presunção. Eu também não concordo, caro missionário, com os exageros da atualidade, como shows, danças, animadores de auditório, modismos, etc. Mas considerar tudo a mesma coisa, não fazendo distinção entre o que a Bíblia diz e o que os homens fazem, é imprudência. Seja coerente consigo mesmo.
Mas chega, finalmente, o parágrafo em que eu recebo alguns “elogios” do tal missionário: “Chegamos ao século XXI com uma situação que seria constrangedora não fosse tão ridícula. Os pentecostais querendo regular a bagunça que criaram. Basta ler os livros da nova geração de pastores e teólogos oriundos do movimento para ver suas preocupações. Basta dar uma olhada em títulos como “O Evangelho que Paulo Não Pregaria” e “Erros que todos os Pregadores Devem Evitar” Orientam contra profecias, visões, exageros, pregações teatrais, arrebatamentos, anjos, etc. De repente estão ávidos por Palavra, ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas. Só esquecem de dizer uma coisa: Perdão”.
Bem, por um lado, sinto-me honrado pelo fato de dois de meus livros serem mencionados como obras que representam a voz dos que combatem heresias e modismos, como falsas profecias, pregações teatrais, angelolatria, etc. Tudo isso é verdade. Contudo, não é de hoje que a Assembléia de Deus e outros segmentos genuinamente pentecostais se interessam por ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas, etc. Do jeito que esse senhor fala, fica a impressão de que os pentecostais são um bando de analfabetos... Alto lá! Alguém já ouviu falar da CPAD, maior editora evangélica da América Latina? É uma editora pentecostal. É ela quem publica a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada por um dos maiores teólogos brasileiros, Antonio Gilberto.
Sabe quantos anos tem a CPAD? Procure saber, caro missionário. Sabe quem publica o dicionário exegético de W.E. Vine? Procure saber. Sabe quantos títulos tem a CPAD em seu catálogo? Procure saber. Já ouviu falar de Stanley Horton? Procure se informar, pois o fato de haver exemplos negativos no meio pentecostal não significa que todos sejam ignorantes. Já ouvir falar da EETAD, da FAETAD e da FAECAD? Já leu o jornal Mensageiro da Paz?
Pobres pentecostais... Estão eles anos-luz distantes dos tradicionalistas? Ou não? Ah, e já que o irmão missionário gostaria de ouvir a palavra “perdão” de um pentecostal, dirijo-lhe um sonoro “perdão” pelas minhas considerações, mas não posso concordar com as suas inverdades.
Mas, ainda discorrendo sobre os meus livros, ele conclui: “Também não tocam na questão das “línguas estranhas”, que eles transformaram em dogmas. Aí também já seria demais. A igreja foi fundada sobre esta “pedra”. Retirá-la seria fatal. E hoje o quadro hilário é esse. Os tradicionais querendo cada vez mais ser pentecostais, porque querem suas igrejas cheias a qualquer custo, esquecendo-se das palavras do próprio Cristo em Lucas 12:32. E os pentecostais querendo a todo custo trazer um pouco da reverência tradicional para dentro de suas igrejas, sendo que foram eles mesmos os responsáveis por sua retirada. É pra rir ou pra chorar?”
Primeiro, caro missionário, o senhor não leu as minhas obras, pois nelas eu de fato trato dessa questão. Aliás, as línguas são chamadas de “estranhas” porque são estranhas a quem as pronuncia, pelo fato de serem produzidas pelo Espírito Santo, isso quando ocorre uma genuína manifestação do Consolador. Bem, o irmão pode se informar melhor sobre a doutrina pentecostal lendo os livros que condenou sem conhecê-los, além de outros, de autores como Antonio Gilberto, Stanley Horton, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Esequias Soares, Severino Pedro da Silva, Elinaldo Renovato, Geremias do Couto, etc.
Respondendo à sua última pergunta: “É pra rir ou pra chorar?”, não vejo, sinceramente, razão para rir da triste realidade da igreja evangélica brasileira. Mas temos motivos para chorar, inclusive pela visão distorcida dos anti-pentecostais quanto à genuína operação do Espírito Santo. Se o tal missionário fosse imparcial, disposto a seguir ao que está escrito na Palavra de Deus, não condenaria o pentecostalismo, como se ele fosse um mal em si mesmo, e sim ao falso pentecostalismo, propagado por obreiros fraudulentos, sem chamada divina, cuja motivação são os próprios interesses, e não o cumprimento da vontade do Pai celestial (Mt 7.21-23).

Respeitosamente,

Ciro Sanches Zibordi

Luciano

Eu também sou desse tempo

17:56:00

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Recebi o presente artigo do meu amigo, o pastor Ailton José Alves, líder da Assembléia de Deus em Pernambuco e presidente da CONADEPE, sigla da maior convenção da Assembléia de Deus daquele Estado, a qual congrega milhares de obreiros. O texto, que tem como título Ainda sou do tempo, é de autoria de um pastor batista e retrata a realidade da igreja evangélica brasileira.“AINDA SOU DO TEMPOAinda sou do tempo em que ser crente era motivo de críticas e perseguições. Nós não éramos muitos, e geralmente éramos considerados ignorantes, analfabetos, massa de manobra ou gente de segunda categoria. Os colegas da escola nos marginalizavam. Os patrões zombavam de nós. A sociedade criticava um povo que cria num Deus moral, ético, decente, que fazia de seus seguidores pessoas diferentes, amorosas, verdadeiras e puras. Não era fácil. Mas nós sobrevivemos e vencemos. Sinto falta daquela perseguição, pois ela denunciava que a nossa luz era de qualidade, e ofuscava a visão conturbada de quem não era liberto. E, por causa dessa luz, muitos incrédulos foram conduzidos ao arrependimento e à salvação. Mas hoje é diferente.Ainda sou do tempo em que os crentes não tinham imagens em suas casas, em seus carros ou como adereços de seus corpos. Nós não tatuávamos os nossos corpos e nem colocávamos "piercings" em nossa pele. Críamos que os nossos corpos eram sacrifícios ao Senhor, e que não nos era lícito maculá-los com os sinais de um mundo decadente, um deus mundano e uma cultura corrompida. Dizíamos que tatuar o corpo era pecado. Não tínhamos objetos de culto em nossas igrejas. Aliás, esse era um de nossos diferenciais: nós éramos aqueles que não admitiam imagens em lugar algum. Mas hoje é diferente.Ainda sou do tempo em que pornografia era pecado. Nós não considerávamos fotos eróticas ou filmes pornô um "trabalho profissional", mas uma prostituição do próprio corpo e uma corrupção moral. Ao nos convertermos, convertíamos também os nossos olhos, e abandonávamos as revistas pornográficas, os cinemas de prostituição e os teatros corrompidos. Os que eram adúlteros se arrependiam e pagavam o preço do que fizeram, e começavam vida nova. Os promíscuos mudavam seu comportamento e tornavam-se santos em todo o seu procedimento. Nós, os adolescentes, deixávamos os namoros e os relacionamentos orientados pelos filmes mundanos, e primávamos por ser como José do Egito, que foi puro, ou o apóstolo Paulo, que foi decente. Mas hoje é diferente.Ainda sou do tempo em que nos vestíamos adequadamente para o culto. Aliás, além do nosso testemunho moral, nós nos identificávamos pelas roupas. Se pentecostais, usávamos roupas sociais bastante formais, e éramos conhecidos aonde quer que íamos, pois ninguém mais se vestia tão formalmente assim em pleno domingo à tarde. Se de outras denominações, como eu, não chegávamos a esse extremo, mas nos trajávamos socialmente, com o melhor que tínhamos, dentro de nossas possibilidades, porque críamos que, se íamos prestar um culto a Deus, a ocasião nos exigia o melhor, e buscávamos dar o melhor para Deus. Era a famosa "roupa de missa", "roupa de igreja". Mesmo pobres, tínhamos o melhor para Deus. E sempre algo decente: camisas sociais, calças bem passadas, um sapato melhor conservado, um blaizer ou uma blusa bem alinhada. As mulheres usavam seus melhores vestidos, suas melhores saias e seus conjuntos mais femininos. Mas hoje é diferente.Ainda sou do tempo em que nossos hinos falavam de Cristo e da salvação. Cantávamos muito, e nossas músicas não eram tão complexas como as de hoje. Mas todos acabávamos por decorá-las. Suas mensagens eram simples e evangelísticas: "foi na cruz, foi na cruz", "andam procurando a razão de viver"; "Porque Ele vive, posso crer no amanhã", "Feliz serás, jamais verás tua vida em pranto se findar", "O Senhor da ceifa está chamando"; "Jesus, Senhor, me achego a ti", "Santo Espírito, enche a minha vida", "Foi Cristo quem me salvou, quebrou as cadeias e me libertou", etc. Não copiávamos os "hits" estrangeiros, ou as danças mundanas, mas buscávamos algo clássico, alegre, porém, solene. E dançar o louvor? Jamais! Não ousávamos, nem queríamos; nunca soubéramos que o louvor era "dançante"; as danças deixamos em nossas velhas vidas mundanas. Porém, mesmo não as tendo, éramos alegres e motivados. Mas hoje é diferente.Ainda sou do tempo em que as denominações e igrejas tinham personalidade. As denominações eram poucas e bastante homogêneas. Sabíamos que a Assembléia de Deus era pentecostal e usava indumentária formal; os presbiterianos eram os melhores coristas que existiam; os adventistas tinham uma fé estranha, numa profetisa semi-contemporânea, mas tinham os melhores quartetos masculinos; os melhores solistas eram batistas, etc. Nossas liturgias eram bastante diferentes: os conservadores eram formais, seus cultos silenciosos, enquanto um orava, os outros diziam amém. Já os pentecostais oravam todos ao mesmo tempo e cantavam a Harpa Cristã. Nós nos considerávamos irmãos, não há dúvida. Mas tínhamos personalidade. Hoje tudo é diferente.E eu não sou velho! Isso tudo não tem 26 anos ainda! Na década de 80 ser crente era ser assim! Meu Deus, como o mundo mudou! Como a chamada Igreja Evangélica se deteriorou! Hoje eu sinto vergonha de ser considerado evangélico!Hoje é moda ser crente, ou melhor, "gospel". Você é artista pornô, mas é crente. Você é do forró pé-de-serra, mas é crente. Você é ladrão, mas é crente. Você é homossexual assumido, mas é crente. Não importa a profissão, o comportamento, a moral, a índole, ser crente é apenas um detalhe. Aliás, dá cartaz ser crente: hoje muitos cantores "viram crentes" pra vender seus CD's encalhados, pois o "povo de Deus" compra qualquer coisa. Não há diferença entre o santo e o profano, o consagrado e o amaldiçoado, o lícito e o proibido, o justo e o injusto. Qualquer coisa serve. O púlpito pode ser uma prancha de surf, uma cama de motel ou um palanque eleitoral; a forma não importa. Ser crente é apenas um detalhe, uma simples nomencalatura religiosa.Hoje os crentes tatuam as suas peles, mesmo sabendo que a Bíblia condena o uso de símbolos e marcas no corpo de quem se consagra a Deus. Criamos nossos próprios símbolos, nossos próprios estigmas e nossas próprias tribos. Hoje há denominações que dão opções de símbolos para que seus jovens se tatuem. O "piercing" deixou de ser pecado, e passou a ser "fashion", e está pendurado na pele flácida de roqueiros evangélicos e "levitas" das igrejas, maculando a pureza de um corpo dedicado ao Deus libertador. Mulheres há que enchem seus umbigos e outras partes de pequenas ferragens, repletas de vaidade e erotismo mundano, destruindo, assim, qualquer padrão cristão de consagração corporal. Meninos tingem seus cabelos de laranja, e mocinhas destróem seus rostos com produtos, pois agora todo mundo faz, e "Deus não olha a aparência". (Ainda bem, pois se olhasse, teria ânsia de vômito...)Hoje ir à igreja é como ir ao mercado ou às barracas de feira e de artesanato: um evento efêmero, informal, meramente turístico. Não há mais cuidado algum no trajo cultuante. Rapazes vão de bermudas, calções (e, pasmem os senhores, de sungas!), até sem camisa, porque Deus não é "bitolado, babaca ou retrógrado". Garotas usam suas mini-saias dos "rebeldes" e exibem umbigos cheios de "piercings", estrelinhas e purpurinas pingando dos cabelos e roupas, numa passarela contínua do modismo eclesiástico. Se alguém ainda vai modestamente ao culto, seja jovem, seja velho, ou é "novo convertido", ou é "beato". É típico encontrarmos pastores dizendo aos "engravatados": "Pra que isso, irmão? Vai fazer exame laboratorial?" E, continuamente, vão demolindo qualquer alicerce de reverência e solenidade para o ato do culto.Hoje as nossas músicas pouco falam de Cristo. Somos bitolados por um amontoado de "glórias", "aleluias", "no trono", "te exaltamos", "o teu poder", etc. Misturamos essas expressões, colocamos uma pitada de emoções, imitamos os ícones dos megaeventos de louvores, e gravamos o nosso próprio cd, que, de diferente, tem a capa e o timbre de algumas vozes, talvez alguns instrumentos, mas, no mais, não passam de cópias das cópias das cópias. E Jesus? Ah, quase nunca o mencionamos, e, quando o fazemos, não apresentamos qualquer noção do que Ele é ou representa para o nosso louvor. Não falamos mais que Ele é o caminho, a verdade e avida, não o apresentamos como Senhor e Salvador, não informamos ao ouvinte o que se deve fazer para tê-lo no coração, apenas citamos seu nome ou dizemos um aleluia para ele.Hoje, entrar em uma igreja é como ter entrado em todas: é tudo igual. O mesmo sistema, as mesmas cantorias, a seqüência de eventos, os rituais emocionais, as pregações da prosperidade, de libertação de maldições ou de mega-sonhos "de Deus" (como se Deus precisasse sonhar, como se fosse impotente ou dependente da vontade humana). Transformamos nossas igrejas em filiais de uma matriz que não sabemos nem aonde fica, mas que se representa nas comunidades da moda. Não há mais corais, não há mais solistas, não há mais escolas dominicais fortes, não há mais denominações com características sólidas, não há mais nada. Tudo é a mesma coisa: uma hora e meia de "louvor", meia hora de "ofertas" e quinze minutos de "pregação", ou meia hora de "palavra profética e apostólica". Que desgraça!Hoje trouxemos os ídolos de volta aos templos: são castiçais, bandeiras de Israel, candelabros, reproduções de peças do tabernáculo do velho testamento, bugigangas e quinquilharias que vendemos, similares aos escapulários católicos que tanto criticávamos. Hoje não nos atemos a uma cruz sem Cristo, simbólica apenas. Hoje temos anjinhos, Moisés abrindo o Mar Vermelho, Cristo no sermão da Montanha. O que nos falta ainda? Nossas bíblias, para serem boas, têm que ser do "Pastor fulano", com dicas de moda, culinária, negócios e guia turístico. Hoje temos bíblias para mulheres, para homens, para crianças, para jovens, para velhos, só falta inventarmos a bíblia gay, a bíblia erótica, a bíblia do ladrão, a bíblia do desviado. Bíblias puras não prestam mais. E, mesmo tendo essas bíblias direcionadas, QUASE NINGUÉM AS LÊ! Trazemos rosas para consagrar, rosas murchas para abençoar e virar incenso em casa, sal groso para purificar, arruda para encantar, folhas de oliveira de Israel e água do Rio Jordão (Tietê?) para abençoar, vara de Arão, de Moisés, e sabe lá de quem mais! Voltamos às origens idólatras! Parece o povo de Israel, que, ao morrer um rei justo, emporcalhavam o país com suas idolatrias e prostitutas cultuais. E se alguém ousa ser autêntico, é taxado de retrógrado. Com isso, surgem os terríveis fundamentalistas, que abominam tudo, ou os neopentecostais, que são capazes de transformar a igreja num circo, fazendo o povo rir sem parar ou grunir como animais.Meu Deus, o que será daqui há alguns anos? Será que teremos que inventar um nome novo para ser evangélico à moda antiga? Parece que batista, assembleiano, presbiteriano, luterano ou metodista não define muita coisa mais! Será que ainda haverá púlpitos que prestem, pastores que pastoreiem, louvores que louvem a Deus? Será que seremos obrigados a usar "piercing" para nos filiarmos a alguma igreja? Será que nossos cultos serão naturistas? Será que ainda haverá Deus em nosso sistema religioso?É CLARO QUE HÁ EXCEÇÕES! E eu bendigo a Deus porque tenho lutado para ser uma dessas exceções. É claro que o meu querido leitor, pastor, louvador, membro de igreja, missionário, também tem buscado ser exceção. Mas eu não podia deixar de denunciar essa bagunça toda, esse frenesi maligno, esse fogo estranho no altar de Deus! Quando vejo colegas cuspindo no povo, para abençoá-los, quando vejo pastores dizendo ao Espírito Santo "pega! pega! pega!", como se fosse um cachorrinho, quando vejo pastores arrancando miúdos de boi da barriga dos incautos doentes que a eles se submetem, quando vejo um evangelho podre arrastando milhões, quando vejo colegas cobrando dez mil reais mais o hotel, ou metade da oferta da noite, para pregar o evangelho, então eu me humilho diante de Deus, e digo: "Senhor, me proteja, não me deixa ser assim!"Que Deus tenha piedade de nós.”Wagner Antonio de AraújoIgreja Batista Boas Novas de Osasco, SPAv. Internacional, 592 - Jardim Santo Antonio06126-000 - Osasco - SP - BrasilFone: 0xx11 3591-3515celular do pastor: 0xx11 9699-8633

Luciano

As 7 "maravilhas" do mundo evangélico

23:57:00

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Esta postagem é da série Vale a pena ler de novo ou Retrospectiva 2007...Em 07/07/07, o belíssmo CRISTO REDENTOR, no Rio de Janeiro, Brasil, foi eleito uma das novas maravilhas do mundo!O símbolo do Rio de Janeiro, que acolhe a chegada de turistas do mundo todo à Cidade Maravilhosa, assume seu lugar na nova lista de Maravilhas do Mundo ao lado de seis outras obras: a Grande Muralha da China; a cidade helenística de Petra, na Jordânia; a cidade inca de Machu Picchu, no Peru; a pirâmide de Chichen Itzá, no México; o Coliseu, antiga arena de combates em Roma; e o túmulo do Taj Mahal, na Índia.Na época, aproveitando a oportunidade, eu também preparei uma lista com as sete "maravilhas" do mundo "evangélico", isto é, as que mais fascinam a maioria das pessoas que dizem servir a Deus, na atualidade.1) Prosperidade. Isto é, a falaciosa teologia da prosperidade. Esta, sem dúvida nenhuma, está em primeiro lugar, apesar de Jesus ter dito: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça" (Lc 12.13-31).2) Extravagância. Quer dizer, a chamada "adoração extravagante", que pouco ou nada tem de adoração e muito de extravagância. Não há dúvidas de que os shows, com muita dança, diversão, gritos frenéticos (cf. Is 29.13; Am 5.23), etc. façam parte desta lista. E junto com eles as baladas gospel, as festas jesuínas, etc.3) Experiencialismo. Numa época em que "super-apóstolos" e "super-pregadores" visitam literalmente "o Céu" e falam diretamente com "Deus Pai", "Jesus" (cf. 2 Co 11.4), Paulo, Maria, anjos (cf. Gl 1.8), etc., ninguém precisaria mais de um livro tão "desatualizado" como a Bíblia... Hoje muitos seguem aos seus impulsos e, como já temos visto aqui neste blog, recebem mensagens de uma galinha (interpretadas por um galo!), ungem o Dedo de Deus, engatinham como leão no palco, marcam a vinda de Jesus para um sábado de 2007, recebem a unção do riso e sopros de "super-pregadores", caindo facilmente aos seus pés...4) Ecumenismo. O negócio hoje é unir forças pelo bem comum. A doutrina divide. Temos de nos unir. Por isso, a cada dia surgem igrejas para todos os gostos... Já existem até igrejas "evangélicas" lideradas por "pastores" gays, voltadas principalmente para a turma GLBTS! Sabe qual é o lema deles? "O Senhor é o meu Pastor e me aceita como eu sou" (cf. 2 Tm 4.1-4; 1 Tm 4.1).5) Teologicocentrismo. Há muitos que não apreciam muito o que já citamos acima, mas não abrem mão das suas convicções teológicas! Ainda que elas sejam contrárias à Palavra de Deus, não importa! O que vale é seguir aos seus teólogos preferidos, haja o que houver!6) Farisaísmo. Esta "maravilha" também deve estar bem cotada por aqueles que se dizem conservadores, mas são, na verdade, extremistas. Sabemos que ser conservador à luz da Palavra de Deus é correto (Ap 3.11; 2 Tm 1.13; 1 Tm 6.20), mas os pseudo-conservadores apreciam bastante a prática de "coar mosquitos" e "engolir camelos".7) Antropocentrismo. Realmente, o ser humano está no centro de todas as coisas. "Determine a sua vitória", "Você nasceu para ser um vencedor", "Profetize para você mesmo e diga isso e aquilo" são algumas das frases preferidas do mundo evangélico atual... Não tenho dúvidas de que o humanismo ou antropocentrismo é uma das "maravilhas" daqueles que se dizem servos, mas vão aos cultos só para receber, receber, receber... O negócio hoje é buscar a "restituição", invadir o terreno do Inimigo e pegar de volta tudo o que ele roubou, quebrar maldições...Mas, alguém poderá perguntar:- Em que lugar ficou a Renúncia?- E a Exposição da Sã Doutrina?- E a Santificação?- E o Culto em verdadeira adoração, em espírito e em verdade?- E os (genuinos) Dons Espírituais?- E a Escola Bíblica Domical?- E os Bons Costumes?- E o Evangelho Cristocêntrico?- E a Evangelização?- E a Oração?- E o Jejum?Bem, como as "maravilhas" citadas têm um poder de sedução muito maior, essas outras MARAVILHAS tendem a ser esquecidas... A menos que você, meu caro leitor, tome uma posição diante do Senhor e de sua Palavra agora mesmo e vote nas... VERDADEIRAS MARAVILHAS DO EVANGELHO DO SENHOR JESUS CRISTO!Respeitosa e sinceramente,Ciro Sanches Zibordi

Luciano

A verdadeira Assembléia de Deus

23:48:00

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A Igreja Evangélica Assembléia de Deus, pioneira do Movimento Pentecostal no Brasil, completará em breve 100 anos.Como assembleiano, sinto-me honrado em pertencer a essa instituição histórica que já teve em suas fileiras homens como Gunnar Vingren, Daniel Berg, Samuel Nyström, Orlando Boyer, José Amaro da Silva, Eurico Bergstén, Nels Nelson, Cícero Canuto de Lima, Paulo Leivas Macalão, Alcebíades Vasconcelos, Estevam Ângelo de Souza, Bernard Johnson, Lawrence Olson, Lewi Petrus, João Batista da Slva, José Leôncio da Silva, Rodrigo Santana, Isaac Martins, Valdir Nunes Bícego e tantos outros.Graças a Deus, ela ainda conta com homens piedosos, como Antonio Gilberto da Silva, Alfredo Reikdal, José Pimentel de Carvalho, Raimundo João de Santana, José Antonio dos Santos, Joel Holder, Anselmo Silvestre, José Apolônio da Silva, Sebastião Rodrigues de Souza, Temóteo Ramos de Oliveira, José Wellington Bezerra da Costa e outros pastores mais jovens, fiéis à Palavra do Senhor.Às vésperas de seu centenário, no entanto, a Assembléia de Deus vem sofrendo na mão de alguns líderes, pregadores e cantores que não têm compromisso com a sã doutrina, os quais dão lugar a preferências pessoais, pontos de vista dissociados das Escrituras, experiências "transcendentais" e modismos injustificáveis. Tudo isso para atraírem multidões incautas e aumentarem receitas de igrejas ou patrimônios pessoais, ignorando textos como Mateus 7.13-23; 24.12; João 6.60-69; 2 Coríntios 2.17; 2 Timóteo 4.1-5; 1 Timóteo 6.9,10.A "NOVA GERAÇÃO"Muitos líderes da chamada "nova geração", sem visão espiritual e discernimento (Ap 3.17-19; Is 5.20; 1 Co 2.15), não convidam mais para os seus congressos pregadores e ensinadores que expõem a Palavra de Deus nem cantores que de fato louvam a Deus. Preferem animadores de auditório, super-pregadores e cantores famosos, celebridades que fazem muitas exigências. Por quê? Porque os astros do mundo gospel conseguem juntar mais gente e, conseqüentemente, arrecadar boas ofertas... No final, todos ficam satisfeitos com os resultados (principalmente, financeiros). Menos o Senhor Jesus.Infelizmente, em muitos congressos, pregadores (pregadores?) famosos se valem de técnicas de manipulação de massa para conseguirem o seu intento: conquistar o público, para depois "arrancar" dele a maior quantia em dinheiro vivo, cheques (muitos sem fundo, que geralmente ficam na igreja) e bens, como relógios, alianças, etc., que também costumam ficar na igreja... Técnicas como mandar o povo juntar as mãos, para as separarem apenas depois da ordem de super-pregadores (exibicionistas), têm sido usadas para supostamente demonstrar o poder de Deus. Mas isso nada tem que ver com o evangelho. É produto da auto-sugestão.Outra estratégia usada por super-pregadores é derrubar pessoas e "anestesiá-las", a fim de que recebam uma "cirurgia celestial". Quando vários irmãos incautos estão deitados no chão, o "pregador" brada: "Agora vou tirar a anestesia por alguns instantes". Isso basta para várias pessoas começarem a gritar, deixando a platéia bastante eufórica. Sabe como se chama isso? Hipnose!Nosso tempo tem sido marcado por imitações, más inovações (pois existem as boas), misticismos e falsificações dentro das igrejas (At 20.27-30; 2 Pe 2.1,2; 1 Tm 6.3,4). Mas a Assembléia de Deus cresceu no Brasil seguindo ao modelo bíblico (2 Tm 1.13; Hb 8.5), e não a opiniões de homens, que passam (1 Pe 1.24,25).Os pioneiros do Movimento Pentecostal foram fiéis à Palavra do Senhor e puseram o fundamento (1 Co 3.10). Cabe a nós, que cremos na operação multiforme do Espírito Santo (1 Co 12.4-11), saber como devemos edificar.O MODELO DO VERDADEIRO PENTECOSTESO modelo para nós, hoje, está no livro de Atos dos Apóstolos (ou melhor, Atos do Espírito Santo), especialmente no capítulo 2. Ali encontramos as características do verdadeiro Pentecostes, que gera crentes e igrejas genuinamente pentecostais. As aberrações que vemos em nossos dias se devem ao distanciamento do modelo bíblico-apostólico, as quais são praticadas por movimentos ditos pentecostais, que são, na verdade, neopentecostais ou neoliberais.Em Atos 2.1-4, vemos que todos estavam reunidos. A palavra “todos” é inclusiva, o que denota unidade no Espírito Santo. Não havia lugar para discordâncias, contendas, divergências pessoais em torno das coisas de Deus; todos estavam ali, juntos, reunidos. Será que havia naquela igreja espaço para disputas desleais por posição, cargo, etc., como vemos em nossos dias, principalmente em convenções de ministros?No dia de Pentecostes, veio do Céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente nas igrejas vem mesmo do Céu? Reflitamos sobre a origem daquilo que ouvimos, vemos e sentimos (At 17.11). O verdadeiro revestimento de poder do Espírito vem do Alto (Lc 24.49; At 11.15). A Palavra de Deus nos alerta quanto a “outro espírito” (2Co 11.4), isto é, espíritos que se passam pelo verdadeiro Espírito de Deus (1 Jo 4.1).O som que veio do Alto era como de um vento. Não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos. O que isso representa? O vento tem as seguintes características: impulsiona; separa (Sl 1.4 e Mt 3.12); movimenta; fertiliza (Cl 4.16; Jo 3.5,8); limpa; não tem cor (favoritismo, individualismo, discriminação); move-se continuamente (cf. Ec 1.6 e Gn 1.2); espalha perfume; suaviza no calor; vivifica (Ez 37.8-10). Mas devemos ter cuidado com os ventos que não provêm do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14).Línguas como que de fogo também foram repartidas (At 2.3). O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir, para se ver e para se repartir, mas “do Céu”. Textos como Atos 2.4; 10.44-46 e 11.15 evidenciam que as línguas estranhas são o sinal físico inicial do batismo com o Espírito Santo. Elas são apresentadas, também, como um dos dons espirituais (1 Co 12.10,30). É isso que evidencia o batismo no Espírito, e não “quedas de poder” ou risos intermináveis.As línguas foram “como que de fogo”. O que isso significa? O fogo tem as seguintes características: alastra-se; comunica-se; purifica; ilumina; aquece. A Assembléia de Deus, bem como toda e qualquer igreja que deseja caminhar sob poder do Espírito, precisa desse fogo do Céu!Diante da manifestação do Espírito de Deus no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (At 2.13). Esses escarnecedores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas. Hoje não acontece a mesma coisa? Há muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de Deus afirma que, no último tempo, haveria escarnecedores (Jd v. 18).No entanto, Pedro, cheio do Espírito Santo, pôs-se em pé e, além de dar uma resposta aos zombeteiros, pregou a Palavra de Deus (At 2.14-15). O verdadeiro Movimento Pentecostal é formado por crentes cheios do Espírito, que ficam de pé para pregar o evangelho, e não por aqueles que, dando lugar às suas emoções ou seguindo a modismos, caem ao chão para usufruir de “novas unções”...Em muitos púlpitos (ou palcos?) não há mais espaço para a Palavra de Deus. O tempo é ocupado por excesso de música, peças teatrais, coreografias... A Assembléia de Deus precisa olhar para os pioneiros e se lembrar do temor que eles possuíam, do amor à Palavra e à oração, do desejo de evangelizar...Só assim o capítulo 29 de Atos do Espírito Santo continuará sendo escrito por essa igreja e outras, fiéis à Palavra do Senhor.

Ciro Sanches Zibordi

Luciano

Frase quase divina – 09

01:10:00

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Por motivos extraordinários, o quadro "Frase quase divina" não fora publicado ontem, que é o seu dia natural, sendo publicado, excepcionalmente, hoje, segunda-feira.Desta feita trago uma frase do reformador boêmio John Huss (1370-1415), na ocasião em que era queimado vivo pela inquisição da Igreja Católica Romana, julgado como herege pelos mesmos; para variar não!?

“Vocês hoje queimam o ganso [Huss, na língua boêmia, significa ganso], mas daqui há cem anos Deus levantará um cisne o qual não podereis queimar”

John Huss.Detalhe: esta profecia se cumpriu com Lutero (o cisne) 102 anos depois, quando em 1517 ele iniciou oficialmente a Reforma Protestante.Quando Deus quer operar não quem impeça. Aleluia!

Anchieta Campos

Luciano

Frase quase divina – 10

01:06:00

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Décima edição do quadro, onde desta feita trago mais uma frase do memorável reformador Martinho Lutero (1483-1546), onde o mesmo dá uma definição brilhante do que é o amor.


“Os que amam profundamente jamais envelhecem; podem morrer de velhice, mas morrem jovens. O amor é a imagem de Deus, mas não uma imagem da vida. É, isto sim, a verdadeira essência de toda a natureza divina, que fulga em bondade”


Martinho Lutero.



Anchieta Campos

Luciano

Carta de John Wesley enviada a John Trembath

01:00:00

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Hoje ao abrir minha caixa de e-mails me deparei com um envio do meu nobre amigo e irmão Vitor Hugo, editor do http://www.pericopecc.blogspot.com/, o qual sempre nos presenteia com belos e-mails.O e-mail de hoje é uma verdadeira relíquia cristã, uma carta de John Wesley a John Trembath, que transcrevo na íntegra abaixo. Que ela possa nos ajudar nesta caminhada terrena.
"O que tem lhe prejudicado excessivamente nos últimos tempos e, temo que seja o mesmo atualmente, é a carência de leitura. Eu raramente conheci um pregador que lesse tão pouco. E talvez por negligenciar a leitura, você tenha perdido o gosto por ela. Por esta razão, o seu talento na pregação não se desenvolve.Você é apenas o mesmo de há sete anos. É vigoroso, mas não é profundo; há pouca variedade; não há seqüência de argumentos. Só a leitura pode suprir esta deficiência, juntamente com a meditação e a oração diária. Você engana a si mesmo, omitindo isso. Você nunca poderá ser um pregador fecundo nem mesmo um crente completo. Vamos, comece! Estabeleça um horário para exercícios pessoais. Poderá adquirir o gosto que não tem; o que no início é tedioso, será agradável, posteriormente. Quer goste ou não, leia e ore diariamente.É para sua vida; não há outro caminho; caso contrário, você será, sempre, um frívolo, medíocre e superficial pregador.17 de agosto de 1760"
Anchieta Campos

Luciano

Receituário Espiritual

00:27:00

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Causa-me arrepios quando vejo reportagens, livros ou textos em que se apresenta aos leitores uma relação de ações que devem ser empreendidas para se atingir o ápice da vida cristã.
Títulos como 10 atitudes para revolucionar a sua vida espiritural, 20 maneiras para ser o melhor cristão, ou 100 modos de atingir a plenitude religiosa soa-me como uma receituário evangélico com demonstração de puro pragmatismo moderno, em que basta simplesmente seguirmos as prescrições e tudo estará resolvido. Pronto. Simples assim!
Essa tática é originária do movimento da auto-ajuda, onde é apresentado a todos quantos queiram uma relação de atitudes para que se atinja o sucesso na vida.
A vida cristã, entendo, não funciona como um check list espiritual, em que na medida em que ticamos as atitudes que já realizamos ficamos em melhores condições espirituais, isso porque a linha que divide o fato de estarmos em pé ou caídos, no sentido bíblico, é muito tênue.
I Corintios 10: 12 Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.
Ocorre-me, ainda, o seguinte. Se fossemos listar todas as atitudes necessárias para revolucionarmos a nossa vida espiritual, tenho por certo que 10 ações não representariam nem mesmo 1 por cento daquilo que a Bíblia exige do homem ou da mulher, afinal, Ela mesma nos conclama a sermos perfeitos como perfeito é o Pai. E a única pessoa que realizou todas as condutas necessárias para uma vida espiritual perfeita foi o próprio Cristo. Assim, o que nos resta é vivermos em completa dependência à Ele.
Quando temos a compreensão de que se seguirmos uma lista de condutas devidamente estabelecida fará de nós cristãos melhores, baseado eminentemente na nossa capacidade, então, estamos anulando a graça de Deus em nossas vidas. A vida do cristão é uma vida de entrega e dependência ao Senhorio de Cristo, e quanto mais nos subtemos à Graça divina mais próximo do Pai estaremos.
Portanto, entendo que existe somente uma atitude que pode revolucionar a vida espiritual de alguém:
Sl 37:5 - Entrega teu caminho ao senhor, confia nele e o mais ele fará
Valmir Nascimento Milomem,
advogado, pós-graduado em direito. Articulista.

Luciano

A PÓS-MODERNIDADE E OS DESAFIOS PARA OS NOSSOS DIAS

17:29:00

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Por Marcos Antônio Guimarães

Se houver consenso entre as afirmações que dizem que a verdade e a moral foram substituídas pelo engano e pelo relativismo, estamos, então, diante de um problema estrutural que desafia educadores, líderes e todos aqueles que ainda acreditam na verdade absoluta revelada por Deus nas Escrituras Sagradas.Temos um cenário moldado pelo pensamento pós-moderno em todas as suas esferas. E suas implicações podem ser detectadas principalmente na religião, na política, na educação e na ética. Para o pós-modernismo, “a única verdade é que não existe verdade”, segundo o escritor colombiano Daniel Salinas.A narrativa de outro autor nos ajudar a compreender melhor o contexto da pós-modernidade: “Enquanto a modernidade é um manifesto à auto-suficiência humana e à autogratificação, o pós-modernismo é uma confissão de modéstia e, até mesmo, de desesperança. Não há verdade. Há apenas verdades. Não há razão suprema. Só existem razões. Não há uma civilização privilegiada, e muito menos cultura, crença, norma e estilo. Existe somente uma multidão de culturas, de crenças, de normas e de estilos. Não há justiça universal. Existem apenas interesses de grupos. Não há uma grande narrativa do progresso humano. Existem apenas histórias incontáveis, nas quais as culturas e os povos se encontram hoje. Não existe realidade simples, e muito menos a realidade de um conhecimento universal e objetivo. O que existe, de fato, é apenas uma incessante representação de todas as coisas em função de todas as outras”.Diante desse quadro, não podemos, de forma alguma, ignorar o que está acontecendo à nossa volta, como se não pudéssemos enxergar ou, pior ainda, como se não estivéssemos interessados em enxergar, simplesmente por acharmos que não seremos atingidos por essa avalanche de pensamentos. Mas não é bem assim. Muito pelo contrário. Quando observamos os conteúdos didáticos do ensino fundamental ao acadêmico, conseguimos identificar sim as abordagens sobre os conceitos relativistas e desconstrutivos relacionados aos temas fundamentais da estrutura de uma sociedade, tais como: família, religião e ética.Identificamos nos livros didáticos baseados no pensamento pós-moderno idéias que propagam reverência à “mãe Natureza” e ainda propõem o fim das diferenças religiosas, morais e éticas, sob a égide do pluralismo e do multiculturalismo. O pluralismo outorga a todas as religiões o mesmo valor soteriológico, moral e espiritual, ressaltando que nenhuma cultura pode ser considerada melhor do que qualquer outra. É justamente esse o ambiente que está formando as novas gerações.Segundo o escritor Charles Colson, “a maneira como vemos o mundo pode mudar o mundo. Como isso pode acontecer? Quando o cristão se compromete a viver sua fé”. Diante disso, devemos encarar a nossa fé com seriedade e compromisso, sem ignorar que o ser humano é um ser pensante e necessita de respostas. E a única maneira que temos de fornecer respostas que atendam às mais profundas necessidades do ser humano é mediante a verdade absoluta revelada por Deus nas Escrituras Sagradas. Portanto, o desafio está diante de nós, de todos nós, e, principalmente, dos líderes e educadores cristãos.É tempo de tocar a trombeta em Sião, de alertar sobre os perigos iminentes, antes que seja tarde demais. Não podemos nos sentir satisfeitos com discursos improvisados, simplistas, sem conteúdo. É necessário que haja dedicação e renúncia, para que o povo de Deus se faça mais sábio e preparado para enfrentar um mundo que se transforma a cada dia. O que nos remete à reflexão do escritor Samuel Escobar, com a qual finalizamos este artigo:“Estamos entrando numa época bem diferente daquela que chamamos de ‘tempos modernos’. Nessa época denominada ‘pós-moderna’, temos a obrigação e o dever, como servos de Deus, de anunciar e viver a fé cristã. Fé esta que tem sobrevivido por vinte séculos, que tem passado de uma cultura para outra. A fé que, há muito, deixou de pertencer somente aos europeus, pois se espalhou por todo o planeta. Se agirmos dessa maneira, o cristianismo deste século será um cristianismo diferente, porque será múltiplo e global. A pessoa central desse cristianismo será o nosso Senhor Jesus Cristo, cuja memória e presença tiveram a capacidade de transcender a todas as culturas. E continuará sendo assim. Essa é a nossa firme esperança”

Luciano