Assembléia de Deus se move em favor dos catarinenses!

17:49:00

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Veja Video;



A REDE BOAS NOVAS E A CGADB ESTÃO FAZENDO UMA CAMPANHA PARA SOCORRER AS VÍTIMAS DA ENCHENTE QUE ASSOLA SANTA CATARINA. ABAIXO AS CONTAS BANCÁRIAS PARA DEPÓSITO DAQUELES QUE DESEJAREM AJUDAR.

Depósito Bancário

Banco Bradesco
AG: 2777 - 4
C.C: 19100 - 0

OU

Banco Bradesco
Agencia 3370-7
Conta 300.000-1

Cidades onde foram registradas mortes

Brusque: 01
Benedito Novo: 02
Blumenau: 20
Bom Jardim da Serra: 01
Brusque: 01
Gaspar: 15
Ilhota: 18
Itajaí: 02
Jaraguá do Sul: 12
Luiz Alves: 04
Pomerode: 01
Rancho Queimados: 02
Rodeio: 04
São Pedro de Alcântara: 01
Florianópolis: 01
Cidades que decretaram estado de calamidade pública*

Gaspar
Rio dos Cedros
Nova Trento
Camboriú
Benedito Novo
Pomerode
Cidades em situação de emergência**

Balneário de Piçarras
Canelinha
Indaial
Penha
Paulo Lopes
Presidente Getúlio
Rancho Queimado
*Estado de calamidade pública: o poder público reconhece situação anormal provocada por desastres que causaram sérios danos à comunidade afetada, inclusive à vida de seus integrantes. A decretação é feita pelo prefeito e implica na solicitação de recursos federais para a Defesa Civil do município.

**Situação de emergência: o poder público reconhece situação anormal provocada por desastre, mas com danos superáveis e suportáveis pela comunidade afetada. A decretação é feita pelo prefeito e implica na solicitação de recursos federais para a Defesa Civil do município.



Dados: Redação Terra

O Blog Windows Brasil atualizou algumas informações. São elas:

Registro de 54.039 desalojados e desabrigados, sendo 22.952 desabrigados e 31.087 desalojados.

São 85 mortes e 30 desaparecidos confirmadas e mais 1.500.000 afetados, além de oito municípios isolados — sendo 97.680 pessoas (São Bonifácio, Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoa e Benedito Novo).

IMAGENS DA CATASTROFE;











Luciano

Pornografia nas escolas brasileiras - Veja o vídeo

17:01:00

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A Carta abaixo foi redigida pelo Prof. João Flávio Martinez diante das aulas de orientação sexual ministradas na Escola de sua filha em SJ Rio Preto – SP. Ele discordou da metodologia e por causa disso a diretora da escola pediu a ele que tirasse sua criança da escola. A presente carta externa sua indignação, pois o Estado desrespeitou o ECA e expôs as crianças a vexação.

Assunto: Orientação Sexual nas Escolas (Carta Aberta ao Estado)

Não quero nem discutir se a escola deve ou não orientar sexualmente as crianças, por que isso nem cabe discussão – A escola deve e precisa orientar sexualmente as crianças e adolescentes.

A problemática gira em torno da metodologia adotada pelo Estado. Diante disso, perguntamos ao Estado:

- Será que não estamos passando do limite ao levar em uma sala de aula um pênis de borracha para que crianças de 11 a 14 anos vistam com camisinha esse objeto?

- Será que não estamos extrapolando o bom senso ao obrigar uma criança a ir a um posto de saúde e pedir uma camisinha e depois obrigá-la a colocar no tal pênis de borracha na frente de todos?

- Será que não passamos por cima de valores ao expor crianças tão novas diante de um pênis de borracha?

- E por que só o pênis de borracha, por que não a vagina de borracha - o pênis seria a preferência do educador – por quê? (já que se usa camisinha masculina e feminina)

- Pra que falar de pílula do dia seguinte a ouvintes tão pequenos, se o remédio é somente vendido sob prescrição médica e para maiores de idade? Isso sem levar em consideração que essa pílula é abortiva - Qual o intuito de falar de um remédio desses?

Diante desse quadro vamos analisar o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente:

1) – Quando o Estado e a Escola preparam uma metodologia ou algum projeto educacional para adolescentes, pais e responsáveis têm o direito de serem plenamente informados do que está acontecendo. Quando arvoro “plenamente” entendo que os pais deveriam ser informados e deveriam ter visto o KIT PEDAGÓGICO para aulas de sexo (Cf. no ECA Art. 53, parágrafo único).

2) – Essa orientação sexual deve respeitar a cultura, o ambiente, e o sistema educacional que essa criança já tem em casa (Cf. ECA Art. 58), ou seja, os valores familiares não devem ser atropelados pelas metodologias do Estado.

3) – Não se pode padronizar a questão da orientação sexual, pois pra cada idade deve-se ser respeitado a condição peculiar de cada adolescente e seu desenvolvimento (Cf. ECA Art. 71).

4) – Uma criança nunca poderá ser exposta a uma cena constrangedora ou a um espetáculo que explicite objetos ou fotos pornográficos (Cf. ECA Arts. 74, 75, 77, 78, 79, 240).

5) – O ECA arvora que as crianças nunca sejam expostas a publicações contendo material impróprio ou inadequado para crianças e adolescentes (Cf. ECA Art. 78) – e aqui entendo que, no mínimo, um pênis de borracha é inapropriado para crianças de 11 a 13 anos.

6) – Qualquer criança (ou tutor) que se sinta ofendida diante desse quadro educacional pode e deve acionar o estado pelo constrangimento (Cf, ECA Art. 232 e 240). A escola não pode submeter à criança ou adolescente sob sua tutela a uma situação vexatória ou a cenas pornográficas. No caso em lide foi isso que a escola fez ao abusar da inocência de algumas crianças ao mostrar um pênis de borracha aos adolescentes.

Perante os fatos, apesar de que todas as aplicações citadas não sejam efetivadas no referido colégio, mas no Estado de maneira geral, solicito a Escola Estadual que mude a sua metodologia de aulas de orientação sexual. Que a Lei seja devidamente respeitada para o bem de todos os adolescentes que ali estudam.

Certo da vossa prestimosa atenção;

Luciano

Eleição de Obama nos EUA deixa militantes gays otimistas

16:56:00

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De acordo com o site homossexual MixBrasil, a “Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGa, na sigla em inglês), se declarou muito satisfeita com a eleição do democrata Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos. A entidade acredita que a vitória de Obama representa a abertura de uma via para a elaboração de uma nova política para os homossexuais e para o combate à Aids”.

MixBrasil revela também que Obama é favorável à aplicação de uma política de “combate” à Aids de uma forma mais liberal. Isto é, veremos o escândalo que já vem ocorrendo há anos: o dinheiro público que poderia e deveria ser destinado a graves problemas de saúde (como câncer, moléstias do coração, etc.) vai acabar nas mãos dos ativistas homossexuais.

Os militantes gays costumam se servir da maioria dos grupos de AIDS que, querendo ou não, acabam virando os grandes laranjas do movimento homossexual, captando elevadas verbas e recursos governamentais para sustentar todos os tipos de atividades gayzistas.

Alguns homossexuais estão enojados com a ganância do movimento homossexual, que usa todos os meios e canais para sugar os recursos estatais sustentos pelos impostos do povo trabalhador. O site homossexual A Capa revela a queixa deles:

“Stalinista. Foi dessa forma que o ativista José Araújo, diretor da AFXB (Centro de convivência para crianças que vivem com HIV/Aids em São Paulo), classificou alguns setores do movimento gay... ‘A fome de poder deles está sendo saciada pelo Programa Nacional [de DST/Aids]’, avalia Araújo. Para José Roberto Pereira, mais conhecido como Betinho, está acontecendo ‘um aumento cada vez maior da intervenção do movimento gay no movimento de Aids’. ‘Eu sou gay, não tenho o menor problema com gay, mas... existe uma espécie de estrangulamento do movimento de Aids com o crescimento do movimento gay’, acredita Betinho. Fundos importantes da Aids estão indo para o movimento gay e não estou vendo uma queda dos índices [da epidemia do HIV entre os homossexuais]’, avalia Betinho, um dos colaboradores do Projeto Bem-Me-Quer. (...) ‘O movimento de Aids está perdendo sua característica. Está virando um grande movimento gay’, lamentou, em outro momento, José Araújo, da AFBX.”

Não é, pois, por interesses de saúde que a militância gay tanto exige recursos para o “combate” a AIDS.

Considerando que Obama apóia publicamente a agenda gay, dá para se predizer com toda a segurança que ele vai investir muito nos programas de “prevenção” à AIDS e patrocinar a causa GLSBT.

Fonte: www.juliosevero.com

Luciano

PAI-NOSSO, QUAL O REAL SENTIDO? (QUADRO FALANDO SÉRIO)

18:44:00

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Era comum os judeus considerarem Deus como O Pai da nação de Israel, mas a idéia de pai de indivíduos numa relação especial, não era algo bem aceito. Eles não contavam e não desfrutavam deste tipo de relação tão necessária não somente nos dias do Senhor Jesus, mas principalmente em nossos dias, onde a solidão social e introspectiva assola bilhões de pessoas no mundo.
Isto nos leva a pressupor que o relacionamento entre eles e Deus era superficial, portanto, não poderia agradar o seu coração e nem preencher suas expectativas; entendo que Deus esperava muito mais de seus filhos, mas como esperar mais se os mesmos tinham uma visão e consequentemente um conhecimento e relacionamento distorcido do PAI-NOSSO? Muito mais do que sacrifícios de animais, cereais, e libações, das orações e outros requisitos cerimoniais que não poderiam salvar a ninguém, mas eram símbolos da verdadeira salvação que viria através do Messias, o que realmente Deus deseja era o amor, adoração, devoção, amizade e comunhão íntima com todos os seus filhos.
É preciso entender a premissa, pois, apesar de um pai saber dos conflitos e necessidades de seu filho, é necessário que seu filho se abra, se comunique e revele os seus sentimentos; não basta apenas saber, é necessário e imprescindível que haja uma linha aberta para o diálogo entre ambas as partes e a principal forma, ainda que muitos considerem atrasada e sem efeito, é a oração, seja em palavras ou pensamentos, seja ela qual for, desde que não seja formal ou mecânica, mas espontânea, do coração, como um diálogo franco, sincero ou seja, sem rodeios, aberto e sem restrições, discriminação ou acepção. Esta é a principal forma de diálogo entre o ser humano e Deus.
Há quem diga ou pregue que Deus não precisa do ser humano, embora eu respeite esta opinião ou pregação, todavia entendo como algo que pende para o lado do extremismo e digo que isto está dentro de nós e não provem de Deus e pode atrapalhar o relacionamento entre os seres humanos e o seu criador, uma vez que isto pode construir em nossa mente uma imagem distorcida de quem é o nosso Deus.
Não seria esta imagem distorcida a respeito do Criador, a razão de tantas superstições, falsos ensinos, disputas, rivalidades, hostilidades e ausência ou escassez do amor entre os religiosos? Bem, acho que este não é o nosso foco principal, mas pergunto, de que adianta tanta religiosidade ou aparência exterior se ela não pode regar a nossa alma que é tão sedenta do Senhor Jesus? Realmente, somente o Senhor Jesus é quem pode saciar a nossa alma sedenta da salvação almejada por todos.
Quando o Senhor Jesus disse PAI-NOSSO, Ele estava falando da necessidade de nós amarmos a Deus de todo coração, e por mais que alguém me tenha por insano, fala também da necessidade que Ele possui de ser amado pelos seus filhos, pois, qual pai não necessita de seus filhos, de ser amado pelos seus filhos de forma espontânea, ter comunhão intima, e o respeito de seus filhos; de ser compreendido como Deus amoroso e zeloso, alguém que está acessível á todos sem necessidades de intermediários ou representantes.
É importante lembrar que Este PAI-NOSSO não é propriedade particular de nenhuma religião ou crença, ministério A ou B, ou pertencente a classes, elites ou grupos abastados ou menos favorecidos e não está limitado ao clero religioso e não se apega a credenciais ou apadrinhamento, pois, Ele é o PAI-NOSSO e não de alguns, como às vezes é sugerido e supostamente servido.
Diante de tal liberdade, o que está te impedindo de adorá-lo, amá-lo de todo o seu coração e com liberdade de ir até Ele?
A partir de agora qual o real sentido de PAI-NOSSO para todos nós?
Que Deus vos abençoe ricamente e um Forte SHALON ADONAI!!!!!!

Ricardo A. de Oliveira é Ministro do Evangelhoe Graduando em pedagogia.

Luciano

Ensaio à Exegese de 1 Coríntios 4

19:25:00

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Introdução

Paulo, em 1 Co 4, retoma e conclui o assunto dos capítulos anteriores, especificamente 3.1-17. Para isto, emprega o advérbio houtōs (ou[toj - desta maneira; portanto), para ligar o assunto anterior a uma nova oração que exprime conclusão. Ele pretende encerrar o debate a respeito dos grupos partidários em Corinto, e apresentar os comportamentos que a igreja local deve adotar em relação aos obreiros da igreja. Sua assertiva é tão veemente que ele nega à igreja o direito de julgá-lo, assim como julgar os demais apóstolos. Contudo, orienta os crentes a respeito do correto relacionamento entre a comunidade e os seus líderes. O grupo que julgava-se iluminado e maduro e, com isto com o direito de submeter os apóstolos ao seu "tribunal" particular, é instado a olhar corretamente os líderes apostólicos.

Estrutura

O capítulo 4 é formado por três parágrafos: vv.1-5; 6-13; 14-21. No texto grego não há qualquer interrupção nas linhas de cada bloco, indicando que se trata de um só pensamento. O início de cada seção é marcado por um vocábulo que acentua o comentário da oração precedente: (v. 1) houtōs (ou[toj - desta maneira; portanto); (v.6) tauta (tau/ta - estas coisas); (v.14) ouk (ouvk - não, em tom litúrgico). Vejamos em perspectiva as estruturas.


1. vv. 1-5: Nesta seção, Paulo trata de dois assuntos em particular: o seu apostolado (vv.1,2) e o seu julgamento perante a igreja (vv.3-5). Nos vv.1,2 ele destaca dois termos. O primeiro acentua sua vocação: ministros (u`phre,taj- hypērétas), isto é, servo, ajudador (Jo 18.36 [serventuários]; At 13.5 [assistente]), e o segundo, suas responsabilidades: despenseiros (oivkono,moij - oikonómois), ou seja, mordomo, servo administrador (Lc 12.42; 16.1). O caráter do despenseiro é ressaltado, "fiel" (pisto,j - pistós), mas também sua mordomia, os "mistérios de Deus" (musthri,wn qeou/ - mystēriōn Theou), veja Cl 2.2, "mistério de Deus", Cl 4.3, "mistério de Cristo"; Cl 1.26,27. Paulo não reivindica qualquer proeminência entre os coríntios, mas enfatiza seu serviço (ministro) e sua responsabilidade (despenseiro).


No versículo 3, há mudança da terceira pessoa "nós" para a primeira "eu" – do geral para o particular. Paulo considera coisa de somenos importância o fato de os coríntios o julgarem, pois como ministro de Cristo quem o julga é Deus (v.4); nem ele mesmo se considera apto a julgar a si mesmo (v.3), mas espera que no tempo oportuno o Senhor julgue e galardoe cada um segundo "os desígnios do coração" (v.5).


2. vv. 6-13: Nesta seção, Paulo retoma mais uma vez a discussão iniciada em 3.5, apresentado que ele e Apolo servem de "figura" ou "esquema" (sch/ma - schēma), pois embora a igreja esteja dividida entre Paulo e Apolo, os dois, os dois ministros desfrutam de comunhão e serviço sacrifical a favor do Evangelho. Paulo critica a soberba dos coríntios (v.7): "Porque quem te diferença?", isto é, "Quem te julga superior?". Nos versículos 8-13, Paulo usa a "ironia retórica", apresentando o seu apostolado e contrapondo-o ao "reinado majestoso dos coríntios" (Broadman: 1987, p.370).


3. vv.14-21: Nesta seção Paulo apresenta-se como "pai" espiritual dos coríntios e solicita-os que sejam "imitadores" de seu pai espiritual....
continua..

Esdras Costa Bentho
(RJ-Brasil)
é paraibano, casado com Ana Paula, e pai de Esdras Júnior e Philipe Bentho. É pedagogo, teólogo, escritor e redator das Lições de Jovens e Adultos da CPAD.

Luciano

Pastor Ciro responde (6): "Os dons espirituais cessaram?"

19:22:00

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Luciano

O Cristão e a Sexualidade

18:56:00

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A sexualidade envolve o que há de mais íntimo na vida do ser humano. Dependendo do modo como é usufruída, ela tanto pode produzir resultados positivos quanto negativos, seja na área biológica, sociológica, psicológica ou espiritual.

Alguns líderes evangélicos não dão a devida importância que o assunto requer. Uns se recusam a falar sobre sexo porque acham que ele não tem nada a ver com os princípios do cristianismo, e, conseqüentemente, não teria nenhuma relevância. Já outros são tolhidos pela timidez ou acham-se incapazes de ensinar à sua igreja sobre o assunto.

E o resultado é que muitas vezes os problemas de relacionamento entre casais ficam sem solução ou geram separação, porque os cônjuges não receberam um ensino adequado, nem foram orientados sobre como deveriam agir em meio aos conflitos.

Existem crentes que, quando o assunto é sexo, defendem idéias absurdas. Dizem, por exemplo, que Deus criou o homem e permitiu que o diabo inventasse o sexo. Para uma grande maioria, a sexualidade está muito mais associada ao erro e ao pecado do que a algo bom, criado por Deus.

Porém, antes de julgar se o sexo é bom ou mau, precisamos saber quem o criou, com que finalidade ele foi criado e o que devemos fazer para tornar a sexualidade um relacionamento prazeroso.

Deus criou o homem e a mulher, e colocou órgãos genitais diferentes em cada um deles. Ele criou também os hormônios, que atuam na área da sexualidade masculina e são chamados de testosterona. Na mulher, estes hormônios são conhecidos como estrógeno. Deus criou na glande do pênis e no clitóris milhares de vasos sanguíneos, que armazenam uma grande quantidade de sangue para aumentar a sensibilidade. Em suma, Deus deu ao homem o desejo, a libido.

Deus criou o pênis no homem. Um tecido cavernoso que contém grandes espaços venosos, ligados por tecido fibroso revestido de pele. Deus criou os testículos, que são dois órgãos glandulares. Entre outras funções estes órgãos fabricam os espermatozóides e elaboram a testosterona.

Deus criou os canais ejaculadores, que são condutos formados pela união das vesículas seminais com os canais seminíferos. Deus criou o escroto, que é uma estrutura que encerra o testículo, o epidídimo, a parte inferior do canal deferente e o cordão espermático. E por fim Deus também criou as glândulas bulbo-uretrais. Estas segregam o sêmen, líquido que contém mucina, proteínas, água, sais minerais e cerca de 70 milhões de espermatozóides por centímetro quadrado.

Na mulher Deus criou um canal músculo-membranoso extremamente dilatável, medindo aproximadamente entre 8 e 9 centímetros de comprimento, chamado vagina. Deus criou nela os ovários, constituído por duas pequenas glândulas em forma de amêndoa, situadas na cavidade pélvica de cada lado do útero. A função dos ovários é produzir, desenvolver e amadurecer os óvulos. Eles também produzem pelo menos dois tipos de hormônios: estrogênio e progesterona.

Deus criou as trompas de falópio, tubos finos que se estendem da cavidade peritonial ao útero. Através delas os óvulos liberados dos ovários chegam ao útero. Deus criou o útero, que é um órgão muscular em forma de pêra, situado no centro da cavidade pélvica, atrás da bexiga. Durante a gravidez, o útero aumenta consideravelmente, atingindo um comprimento que ultrapassa 30 centímetros. Por fim Deus criou a vulva, que é o conjunto dos órgãos genitais externos.

Os desejos íntimos

Agora perguntamos: por que Deus criou estes dois órgãos genitais que acabamos de analisar? Será Ele um tipo masoquista que criaria no homem desejos naturais que não podem ser satisfeitos? Por que existem milhares de terminações nervosas no corpo do homem que faz com que a sensualidade seja despertada com um simples toque? Para que Deus criou tudo isso? Para brincar com os nossos sentimentos e as nossas emoções?

Deus criou a sexualidade no homem e na mulher para despertar neles a vontade de unirem os seus corpos e saciarem os seus desejos mais íntimos. A sexualidade mata no homem a fome de intimidade que ele tem.

(Trecho do livro O Cristão e a Sexualidade, do Pastor Silas Malafaia)
Veja um trecho do video;
O Cristão e a Sexualidade

Luciano

Editorial Sobre o Homossexualismo

18:28:00

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Um alerta à sociedade. No momento em que escrevo estas palavras, encontra-se tramitando no Senado Federal um projeto de lei que propõe oficializar “a livre expressão de afetividade homossexual em locais públicos ou privados abertos ao público”. Nós, evangélicos, em defesa da família, da moral e dos princípios bíblicos, queremos expressar o nosso protesto contra esse projeto de lei. Amamos os homossexuais, mas não concordamos com a prática do homossexualismo.Não concordamos, porque a homossexualidade é uma rebelião consciente contra o que Deus estabeleceu na Criação. A Bíblia diz que Deus criou o ser humano como macho e fêmea, e em seguida instituiu o casamento heterossexual e a família. A civilização humana tem perdurado até hoje por causa desse princípio bíblico.Nenhuma sociedade é mais forte do que a vitalidade de suas famílias, e a vitalidade de suas famílias depende do relacionamento entre pessoas de sexos opostos, dos relacionamentos heterossexuais.A homossexualidade é uma distorção do que Deus criou. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, ela é classificada como abominação, paixão infame, perversão moral (Lv 18.22; Rm 1.26,27; 1Co 6.9,10).Alguns afirmam que a homossexualidade é de origem biológica, genética. O indivíduo já nasceria homossexual. Porém, nenhum cientista jamais conseguiu provar isso. Na cadeia genética do ser humano, não existe nenhum fator, nenhuma ordem cromossômica homossexual. Admitir tal coisa seria o cúmulo do absurdo. Existem cromossomos que determinam o sexo feminino e cromossomos que determinam o sexo masculino.A homossexualidade é, antes de tudo, uma questão de comportamento, de preferência. É uma conduta aprendida ou induzida. Psicólogos e psiquiatras são unânimes em afirmar que o fator mais importante para uma criança decidir sua preferência sexual é a maneira como ela é criada. Isto é mais importante do que o próprio fator genético.Se toda prática deturpada, pecaminosa, imoral for legalizada, onde vai parar a nossa sociedade? Se a sociedade legalizar suas aberrações, ela se destruirá. Um erro moral nunca pode ser um direito civil.Porém, qualquer homossexual que confessar o seu pecado, receber Jesus como Salvador e obedecer à Sua Palavra, poderá tornar-se um heterossexual, poderá ser recuperado e liberto. Jesus tem poder para isto


Pr. Silas Malafaia

Video;
Silas Malafaia homossexualismo

Luciano

Ganhando o mundo e Perdendo à família !!

22:28:00

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O título deste post é inspirado no texto de Mateus 16.26, que na íntegra diz: "Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?".
Na realidade, adaptando para as questões que abordarei, o texto ficaria assim: Pois que aproveitará o líder evangélico (e de outros segmentos) ganhar o mundo inteiro e perder a sua família?Você conhece alguém que foi bem sucedido na vida profissional ou ministerial, mas que acabou fracassando com a família? Grandes empresários e péssimos pais e maridos, ótimos líderes institucionais e terríveis líderes em casa, sucesso na mídia e fracasso no lar, excelentes pastores e pregadores e faltosos apascentadores de seu rebanho imediato, é este o triste quadro que se contempla, resultado direto do ativismo ministerial já tratado no post "A Coisificação do Ministério Pastoral".Estava numa Escola Bíblica para obreiros e escutei o testemunho orgulhoso de certo companheiro que dizia: "Meus irmãos, há quase um mês não almoço com a minha família, estou demasiadamente ocupado com a construção do templo sede". Uma grande demonstração de empenho na obra ou de falta de entendimento e sabedoria? Certamente muitos não tinham maldade em suas ações. Não previam as duras conseqüências a longo prazo. Pensavam estar fazendo um bem, quando de fato semeavam trágicas rupturas e seqüelas para a vida emocional e espiritual de esposa e filhos.No culto de aniversário de outro companheiro , escutei uma de suas filhas declarar o seguinte: "Papai foi sempre ocupado com as coisas da igreja. Acordava e papai não estava, ia dormir e ele não tinha chegado ainda. Ele não teve tempo para nós (família)".Milhares de filhos de pastores e líderes cresceram sem a presença do pai. Esposas viveram literalmente abandonadas pelo marido.Os textos bíblicos abaixo, parece que não faziam muito sentido:"O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, e assim está dividido." (1 Co 7.32-34a)"Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia, porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?" (1 Tm 3.4-5)O que existe de esposas e filhos revoltados com a igreja, pois acham que ela é a culpada da ausência do esposo e do pai, pode ser claramente percebido no semblante, no falar e na vida amargurada destas vítimas.Um dado gravíssimo, é que o lar destes pais e maridos ausentes, quando de suas presenças, serviam apenas como lugar para o "descarrego" de todas as tensões, pressões e estresses ministeriais.Muitos deixaram a igreja. Algumas esposas não vão mais aos cultos, são "crentes" em casa. Filhos se envolveram com drogas e com outras aventuras. Atos consciente sou inconscientes de protesto contra a ausência do pai.Recuperar estes danos é tarefa demasiadamente difícil, embora não seja impossível. O melhor caminho é chamar a esposa, reunir os filhos e pedir perdão. Dizer o quanto estava equivocado, se humilhar e reconhecer o erro.Para os que estão começando no ministério, fica o alerta. Alguém já declarou que os erros do passado (e do presente), podem ter utilidade pedagógica para que outros não os reproduzam.Afinal, pois que aproveitará o líder evangélico (e de outros segmentos) ganhar o mundo inteiro e perder a sua família?Pense nisto!


por Pr.ALTAIR GERMANO

Luciano

Como se Tornar um Pregador " famoso" (A trajetória de um Fenômeno)

22:07:00

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Pensando naqueles que não puderam acompanhar diariamente os módulos do curso de maior "sucesso" na blogosfera cristã “Como se tornar um pregador famoso”, segue abaixo todo o conteúdo do mesmo, juntamente com a sua conclusão.APRESENTAÇÃOEstaremos ministrando com exclusividade, um curso destinado a todos aqueles que sonham com o estrelato, como pregadores do evangelho.O curso é gratuito. Basta clickar no blog e sua inscrição será feita automaticamente.Todos os dias será postado um módulo do curso. Se você perder algum módulo, poderá acessar posteriormente os arquivos do blog e atualizar-se.Depois de terminado o curso, se você não se tornar famoso, não nos responsabilizaremos.O método que adotaremos já foi, e ainda é observado por muitos pregadores famosos da atualidade. Se deu certo para eles, pode dar certo para você também!Divulgue e participe!MÓDULO 01A humildade é fundamental no início da carreira de um candidato ao "estrelato" como pregador.Num primeiro momento, aceite o máximo de convites para pregar.Pregue em igrejas grandes, médias, pequenas, ricas, pobres, no centro, nas favelas, nos morros, nos sítios, na capital, no interior. O que vale é pregar, não importa onde.Se for o caso, você pode até se oferecer para pregar (sempre com um ar de humildade, não esqueça).Se levar jeito, os convites tenderão a se multiplicar.MÓDULO 02Nosso segundo módulo tratará sobre a mensagem que será pregada.No começo, seja o mais simples e objetivo possível.Muitos pregadores que já alcançaram o sucesso, iniciaram sua trajetória contando seu testemunho de conversão, associando a este, a mensagem da palavra de Deus.Seja o mais bíblico possível. Textos de difícil interpretação ou polêmicos, nem pensar.Se você pregar algo que "cheire" a heresia, vai se queimar logo no início da "carreira".No próximo módulo trataremos sobre a aparência do pregador.MÓDULO 03Simplicidade.Essa palavra expressa muito bem a maneira como o pregador, candidato a "fama" deve se apresentar.Cabelos bem cortados, higiene pessoal impecável, roupas não extravagantes bem passadas, sapatos engraxados, são requisitos desejáveis.Nada de grife (marca) famosa (pelo menos por enquanto), isso pode constranger seu público ainda muito humilde e pobre.Procure sempre a discrição, fazendo o possível para que sua imagem não tire a atenção da Palavra.Sua imagem é seu cartão de apresentação, e a primeira impressão geralmente é a que fica.No próximo módulo estudaremos sobre "gratificações" ou "ajudas de custo".MÓDULO 04No início da caminhada rumo a “fama”, quando for convidado para pregar, não estipule nenhum valor de cachê, oferta, ajuda, ou como queira chamar.Se ao final do culto, nem a gasolina ou passagem lhe derem, não faça cara feia, não reclame, nem questione. Abra um sorriso largo e diga que se precisarem, você estará pronto para retornar e pregar novamente.Tenha paciência, pois chegará o tempo dos bons “cachês”!No próximo módulo trataremos sobre cartões de apresentação e apostilas.MÓDULO 05Já está na hora de confeccionar um "cartão" de apresentação e algumas apostilas.
Com relação ao cartão, comece com o título "CONFERENCISTA", isto impressiona.Na primeira viagem para outro estado (mesmo que você resida numa fronteira) mude o título no cartão para "CONFERENCISTA INTERESTADUAL", e assim sucessivamente até alcançar o status de "CONFERENCISTA INTERNACIONAL".
As apostilas (e quem sabe alguns CD's) vão lhe ajudar a cobrir algumas despesas pessoais.No próximo módulo: a formação teológica do "CONFERENCISTA".
MÓDULO 06Títulos acadêmicos são interessantes. Dá um certo ar de credibilidade e ajuda na melhora do "status".O candidato a "fama" como pregador, deve fazer um curso de teologia, se possível um mestrado e doutorado, mesmo se depois de ficar famoso acabe se auto-proclamando Doutor em Porcaria. No próximo módulo "Quando chega a fama, o que fazer?".MÓDULO 07A essa altura, depois de colocar em prática as orientações dos módulos anteriores, com uma boa dose de paciência e sorte, a fama certamente já estará batendo em sua porta. Daí em diante se torna necessário mudar alguns hábitos e posturas. Lembre-se sempre que você não é mais um "Zé Ninguém".1. ConvitesLembra-se daquela história de aceitar o máximo de convites possível e de pregar em qualquer igreja, independente do tamanho ou condição social? Pois bem, esqueça. Pregador famoso não aceita qualquer convite (que deve passar agora por sua secretária), nem prega em qualquer igreja ou lugar. Se lhe convidarem para pregar em Camboriú, faça charminho e diga que vai dar uma olhada na agenda.2. PregaçãoSe pregar ou ensinar uma "heresiazinha" não vai ter problema algum. Agora você já tem uma "legião" de fãs, discípulos, adeptos, etc., que morrerão e matarão por você. Suas heresias para eles são "verdades absolutas", acima da própria Bíblia sagrada. Pregue sobre teologia da prosperidade, vitória financeira, amarre ou mande os demônios para longe (mesmo eles não indo), faça um ar de agressividade, cara feia, isto impressiona. O que vale é o que você diz. Você é o "cara"!
3. AparênciaCapriche no visual excêntrico. Faça plásticas no rosto, ajeite o cabelo, faça a sobrancelha, abuse na maquiagem, use ternos extravagantes (amarelo vermelho, rosa, etc.), sapatos também. Use apenas roupa de grife (Armani, Broksfield, Polo, etc.). Jogue no lixo suas convicções passadas. Não ligue para quem lhe chamar de "moderninho", de "mauricinho" da fé, etc. É mera intriga da oposição.4. CachêQuanto ao cachê, você agora é quem dita as regras. Manter um status de pregador famoso custa caro. Estipule o seu preço, exija os melhores vôos, hotéis e restaurantes. Não dê moleza. Convidar pregador famoso não é para quem quer, é para quem pode.5. Publicações e Produções
Apostila e CD é negócio para pobre. Escreva livros, grave DVD's, crie um site na internet, tenha o seu próprio programa na TV. Você agora é uma "marca" lucrativa.6. Formação AcadêmicaChame todos os seus títulos acadêmicos de "PORCARIA DE NOME". Apesar de ser uma grande hipocrisia de sua parte, seus discípulos vão gostar de ouvir isso, principalmente os frustrados e incultos. Abuse de arrogância quando falar de teólogos (apesar de você ser um).7. Liderança das igrejas e convençõesNão se dobre diante de "presidentes" de igrejas ou convenções. Não se intimide com ninguém. Quando a coisa apertar, use sua oratória e jogue o povo contra a liderança. Desafie os pastores na tribuna da igreja (ou pela TV), isso dá um certo ar de "autoridade profética".Se qualquer grupo ou pessoa "pegar muito no seu pé", lhe incomodar com duras críticas, mande-os "PARA O QUINTO DOS INFERNOS", chame-os de hipócritas, opositores da "grande obra" que você está realizando. Mande vê, sem pena, sem dó e sem ética!CONCLUSÃO DO CURSOAmados, o curso “como se tornar um pregador famoso” (ou um "fenômeno"), trata-se de um retrato crítico de uma dura e triste realidade vivenciada pela igreja evangélica no Brasil e no mundo.Muitos jovens e homens de Deus, chamados e capacitados pelo Senhor para o Ministério da Palavra, acabaram cedendo ante as tentações proporcionadas pela “fama”, influenciados por alguns pregadores que estão ocupando espaços na mídia, em grandes eventos evangélicos, mas que se distanciaram da simplicidade e humildade, características indispensáveis na vida de um “servo” de Deus.Esses “astros luminosos dos palcos da fé” ou "fenômenos" começaram bem, mas se desviaram do salutar modelo bíblico (2 Tm 4.5). Adotaram uma postura arrogante, relativizaram valores, semearam heresias, contendas e insubmissão, afrontaram líderes, e arrebanharam para si multidões de meninos alienados e massificados (Ef 4.14).Querido irmão, se o Senhor Jesus te chamou para ser um pregador e ensinador de sua Palavra, faça isso com temor e tremor (1 Co 2.3), não confie em suas habilidades de oratória (1 Co 2.4), não busque para si a honra e a glória que só pertencem a Deus.Para os que são admiradores daqueles que assim agem, deixo também uma palavra de reflexão:Não apóie a sua fé em sabedoria (ou mera sutileza) de homens (1 Co 2.4-5)Agradecemos as manifestações de apoio, ao mesmo tempo que pedimos desculpas para todos que ficaram confundidos com os nossos reais propósitos.Com lágrimas nos olhos, e com um coração ardendo em zelo pela causa do Mestre,Um abraço e a paz do Senhor!

Luciano

Um outro evangelho

19:38:00

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Para o professor Augustus Nicodemus Lopes, a crise do movimento evangélico brasileiro está ligada ao liberalismo e à flexibilização dos conteúdos das Escrituras.

'Não me acho xiita', vai logo dizendo o professor, pastor e pesquisador presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes em seu mais novo livro, O que estão fazendo com a Igreja (Mundo Cristão). 'Mas muitos me chamam de fundamentalista', acrescenta. 'Não fico envergonhado quando me rotulam dessa forma, embora prefira o termo calvinista ou reformado', explica. A quantidade de adjetivos expressa bem o universo desse intelectual protestante, nascido na Paraíba e que fez carreira no segmento acadêmico religioso. Graduado em teologia, mestre em Novo Testamento e doutor em Interpretação Bíblica – este último título, pelo Instituto Teológico de Westminster (EUA) –, Nicodemus já dirigiu diversos seminários ligados à sua denominação e hoje exerce o cargo de chanceler da respeitada Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Na mesma cidade, pastoreia a Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. O conjunto de sua obra já dá uma idéia de suas posições teológicas. Títulos como O que você precisa saber sobre batalha espiritual, Fé cristã e misticismo e Ordenação de mulheres: O que diz o Novo Testamento, todos publicados pela Cultura Cristã, entre diversos outros livros, são baseados na mesma teologia conservadora que ele não apenas abraça, como defende com unhas e dentes. O que não impede, é claro, que esteja aberto a outros pensamentos. 'Desde que sejam comprometidos com as Escrituras', ressalva. Nesta conversa com CRISTIANISMO HOJE, Augustus Nicodemus fala do livro recém-lançado na Bienal do Livro de São Paulo e avalia a situação da Igreja Evangélica hoje. 'Infelizmente, estão fazendo muita coisa ruim com ela', aponta. CRISTIANISMO HOJE – é inevitável começar esta entrevista com a pergunta que dá título ao seu livro: o que estão fazendo com a Igreja? AUGUSTUS NICODEMUS LOPES – Infelizmente, muita coisa ruim – desde desfigurá-la, passando uma imagem ao público de que todos os evangélicos e seus pastores são mercenários que vivem para fazer barganhas com Deus em troca de bênçãos, até destruí-la internamente, trocando o Evangelho de Cristo por um outro evangelho. Um evangelho despido de poder, realidade histórica e eficácia salvadora, que é ensinado pelos liberais. Aqui entram também os hiper-conservadores, às vezes chamados de neo-puritanos, com sua visão radical de culto. Quais os efeitos da pós-modernidade sobre a Igreja? A pós-modernidade facilitou e aumentou a influência do liberalismo, do relativismo e do pragmatismo na Igreja brasileira, ainda que esses movimentos e tendências sejam tão antigos quanto a própria Igreja. A presente época, marcada pela pós-modernidade, facilita a penetração desses elementos na vida, liturgia e missão das igrejas evangélicas, como de fato temos presenciado. E por outro lado, existem líderes evangélicos que conscientemente constroem ministérios, igrejas e movimentos que se apóiam em métodos e ideologias liberais, relativistas e pragmáticas. O que essas coisas têm em comum é que sempre representam uma tentação para corromper o Evangelho bíblico, quer pelo apelo à soberba humana, quer por um tipo de Cristianismo descompromissado, ou ainda pela oferta enganosa de resultados extraordinários em curto espaço de tempo. A crise de ortodoxia do Evangelho contemporâneo, bem como o pós-denominacionalismo, é resultado direto deste processo? Sem dúvida. O relativismo representa uma ameaça concreta à Igreja, pois a mesma se firma sobre verdades universais e imutáveis, como a existência do Deus Trino; a humanidade e divindade de Jesus Cristo; sua morte vicária e sua ressurreição real e física de entre os mortos; a salvação pela fé sem as obras da lei; e a segunda vinda de Cristo. A Igreja defende também uma ética centralizada no amor que, segundo Jesus e seus apóstolos, consiste em obedecer a Deus e aos seus mandamentos. Todavia, o relativismo rejeita o conceito de verdades absolutas e internaliza a verdade no indivíduo. E qual o efeito prático disso?O questionamento à autoridade da Bíblia, ao caráter único do Cristianismo e ao comportamento ético pregado historicamente pelos cristãos. Mas, num certo sentido, o relativismo pode representar uma oportunidade para o Cristianismo em ambientes pós-cristãos, onde a fé cristã já foi excluída a priori. Por exemplo, no ambiente das universidades, o discurso é geralmente anticristão, relativista, pluralista e inclusivista. Os cristãos podem, em nome da variedade e da pluralidade, pedir licença para falar, já que, de acordo com a pós-modernidade, todos os discursos são iguais e válidos – e nenhum é melhor do que o outro. O movimento evangélico brasileiro, tão numeroso e multifacetado, está perto de seu fim? Não creio que o movimento evangélico brasileiro chegue a um fim, mas temo que esse processo de desfiguramento e de enfraquecimento teológico e doutrinário, levado a cabo por liberais, neopentecostais, libertinos e neo-puritanos, acabe transformando a Igreja brasileira em algo distinto da Igreja bíblica. Por outro lado, como sempre existiram os sete mil que nunca dobraram os joelhos a Baal, é provável que, paralelamente, aconteça o fortalecimento de denominações, ministérios e grupos evangélicos que prezam a Bíblia – gente que valoriza as práticas devocionais como oração, meditação e santidade bíblica e que tem visão evangelística e missionária. Já no momento atual é possível identificar esse crescimento, embora em dimensões menores do que gostaríamos. Quanto ao perfil dessa nova Igreja, fica difícil prever. Uma das críticas que o senhor faz é à ênfase na formação teológica liberal, que seria uma espécie de 'coqueluche' dos teólogos de hoje, interessados numa graduação reconhecida sob o ponto de vista acadêmico. Neste sentido, o reconhecimento oficial aos cursos de teologia, uma antiga bandeira do segmento evangélico, veio para melhorar ou piorar as coisas? Em si, o reconhecimento oficial de um diploma de teologia não representa qualquer perigo para a Igreja. Mas o problema não é o isso, e sim, o conteúdo que será ministrado aos alunos que buscam uma formação reconhecida pelo Ministério da Educação. Da minha parte, creio ser possível termos um curso de teologia reconhecido oficialmente e que apresente uma teologia bíblica e saudável. Todavia, nem sempre tem sido esse o caso. Como assim?Esse reconhecimento tem sido oferecido, freqüentemente, através de cursos de teologia de faculdades e universidades públicas e privadas que não têm compromisso com a confessionalidade cristã histórica. é verdade que o reconhecimento oficial dos cursos de teologia é uma antiga bandeira do segmento evangélico. Só que, quando os evangélicos queriam isso, os cursos de teologia reconhecidos eram oferecidos por instituições de ensino superior que tinham tradição cristã. Além disso, eram dirigidas por cristãos comprometidos com a teologia histórica da Igreja, como Princeton nos Estados Unidos e a Universidade Livre na Holanda, por exemplo. Atualmente, grande parte dos professores de alguns desses cursos obtêm seus diplomas e graus de mestre e doutor em escolas liberais – e nem sempre na área de teologia, mas em ciências da religião, sociologia, psicologia, antropologia, letras etc. O problema, então, é o que professores com este tipo de formação vão ensinar? Não é tanto o que eles ensinam, mas o que deixam de ensinar, exatamente porque não tiveram uma sólida formação teológica debaixo de orientação bíblica. Quem mais tem sentido o impacto do liberalismo teológico em sua mão de obra são as igrejas pentecostais, que por não terem tradição em preparar seus obreiros, acabam recorrendo a esses cursos e expondo seus pastores, evangelistas e obreiros à teologia liberal. Em sua obra, o senhor fala na existência de uma esquerda teológica que valoriza o liberalismo, não apenas nas questões religiosas, mas sobretudo comportamentais. Num panorama em que a esquerda política, atualmente no poder, parece confusa e adota posturas flagrantemente neoliberais, esta confusão ideológica também contamina o segmento evangélico? Acho que sim. Não é coincidência que um grande segmento evangélico esteja defendendo bandeiras liberais, como o aborto, o reconhecimento das uniões homoafetivas, o sexo antes do casamento... Essa atitude de tolerância e relativismo é a mesma que sempre marcou o esquerdismo no Brasil. Não estou dizendo que todo evangélico esquerdista é liberal e defende essa agenda; mas que existe uma coincidência de valores éticos e de agenda.O movimento evangélico brasileiro é tão diversificado quanto as milhares de denominações que o compõem. No atual panorama, identificado no seu livro, esta diversidade traz mais vantagens ou desvantagens? Acredito que a diversidade é sadia e bíblica. Entendo, porém, que existe uma unidade essencial e básica entre os verdadeiros cristãos, que pode ser resumida nos fundamentos da fé bíblica. Os verdadeiros evangélicos confessam estes fundamentos, e vamos encontrá-los em todas as denominações que compõem a Igreja Evangélica brasileira. Mas vamos encontrar também quem não crê em nenhuma dessas coisas, ou que nutrem reservas quanto a elas. Eu não tenho problemas com a diversidade, pois acho-a enriquecedora. Tenho divergências inclusive com irmãos e colegas que são reformados calvinistas como eu. Todavia, existe uma unidade essencial mais forte e superior às divergências. Teologia tem um poder tremendo para unir as pessoas ou para separá-las, pois tem a ver com convicções e experiências pessoais.A partir dos anos 1980, o advento da teologia da prosperidade e da confissão positiva mudou a maneira de se pensar a fé evangélica no país. Qual a verdadeira influência destas correntes na crise do movimento evangélico nacional? A confissão positiva acabou exercendo uma grande influência sobre os evangélicos brasileiros. Na minha opinião, todavia, ela não é a maior influência negativa. Considero a teologia da prosperidade, a busca de experiências místicas, as crendices e superstições que infestam os arraiais neopentecostais como sendo de maior periculosidade para a Igreja. Quanto ao segmento reformado, por sua própria natureza, ele é mais resistente à essas infecções e pouca influência recebeu – mas tem, entretanto, sofrido mais com outros tipos de problemas, especialmente com sua incapacidade, até o momento, de crescer de forma significativa sem perder o compromisso com a fé histórica da Igreja.Se muitos dos postulados neopentecostais vão de encontro à tradição protestante, em quê o segmento histórico falhou, ou pelo menos hesitou, para que, a partir dos anos 1970, o neopentecostalismo crescesse em proporções geométricas no cenário evangélico nacional? Boa pergunta. é interessante que, na década de 1950, a Igreja Presbiteriana era uma das maiores denominações evangélicas do país. Por algum motivo, perdemos o bonde. Não sei avaliar direito o que aconteceu. Pode ser que tenhamos exagerado na reação aos abusos do movimento carismático na década de 70 e nos fechamos na defensiva. Ficou difícil, naquela época, falar do Espírito Santo e de reavivamento espiritual sem sermos confundidos com carismáticos e pentecostais. Pode ser também que reagimos da mesma forma diante do crescente movimento litúrgico e do movimento de crescimento de igrejas, com toda sua parafernália metodológica centrada no homem – movimentos estes que dominaram o cenário dos anos 70 a 80. E depois, a mesma coisa diante dos neopentecostais. Não conseguimos ainda sair da defensiva e ser mais proativos, oferecendo alternativas, soluções – e o que é melhor, oferecer nosso próprio exemplo de como uma igreja pode crescer de maneira sadia, sem comprometer a teologia e a ética bíblica. Então, o liberalismo teológico também afetou as igrejas tradicionais? Sim, afetou tremendamente as igrejas históricas nos anos 60, especialmente os seus seminários. Isso causou graves problemas e disputas internas, que obrigaram essas igrejas a relegar o crescimento a um plano secundário e a se concentrarem na própria sobrevivência. As igrejas históricas que não conseguiram sobreviver ilesas hoje são as menores entre os evangélicos, mais voltadas para o social e ainda em lutas internas com os liberais que sobreviveram dentro de suas organizações e estruturas. Já as que conseguiram sair inteiras, embora chamuscadas, começam lentamente a progredir e retomar seu crescimento, como creio ser o caso da Igreja Presbiteriana do Brasil.Por que lideranças autocráticas e monolíticas, cada vez mais comuns nas igrejas, são aceitas pelos fiéis? Em minha opinião, é o que chamo em meu livro de 'a alma católica dos evangélicos brasileiros'. Os brasileiros estão acostumados com o catolicismo romano e sua hierarquia eclesiástica totalitária. Por séculos, o romanismo impregnou a alma brasileira com a idéia de que a religião deve ser conduzida por líderes acima do povo, que vivem numa esfera superior; enfim, intocáveis. No romanismo, os líderes não são eleitos pelo povo, como acontece na maioria das igrejas históricas, cujo sistema de governo é democrático – eles são impostos, determinados, designados. Além disso, são considerados como especiais e distintos; é o clero separado dos leigos. As ordens eclesiásticas são um dos sacramentos da Igreja Católica. E os brasileiros viveram sua vida toda debaixo da influência de uma religião regida por bispos e por um papa, o qual, segundo um dogma católico, é infalível. Nada mais natural, portanto, que ao se tornarem evangélicos, suspirem e desejem o mesmo esquema de liderança, como os israelitas que disseram a Samuel que constituísse um rei sobre eles, para que os governasse, como o tinham as outras nações à sua volta, conforme I Samuel 8.5. Essa mentalidade romana favorece o surgimento, entre os evangélicos, de líderes autocráticos e auto-designados, que se arrogam o título e o status de bispos ou apóstolos.

Luciano

A batalha de Roma pela Bíblia

19:13:00

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Sínodo dos Bispos revisa o acordo de infalibilidade estabelecido no Vaticano II.

A doutrina da infalibilidade bíblica não pertence apenas àqueles que bradam: "Sola Scriptura!". A infalibilidade emergiu como uma questão-chave no Sínodo dos Bispos da Igreja Católica Romana, que teve início no dia 6 de Outubro de 2008. Concentrado na "Palavra de Deus, na Vida e na Missão da Igreja", o Sínodo proporcionou aos 180 bispos Católicos a chance rara de compartilhar suas preocupações e escutar os colegas do mundo inteiro. O Papa Bento XVI dirigiu-se ao Sínodo no dia 14 deste mês e lamentou a ruptura entre os acadêmicos bíblicos e os teólogos. Os líderes religiosos já haviam alertado para o fato de que esta ruptura leva muitos Católicos a questionar a vitalidade e a autoridade da Palavra de Deus.De acordo com o boletim oficial do Vaticano, o Papa Bento XVI "concentrou-se nos critérios fundamentais da exegese bíblica, nos perigos de uma abordagem positivista e secularizada das Sagradas Escrituras, e na necessidade de uma relação mais próxima entre a exegese e a teologia".Bento XVI expressou sua apreciação pelos métodos de pesquisa que tratam a Bíblia como história verdadeira, e não como mitologia. E também desacreditou a bolsa de estudos de sua terra natal, a Alemanha, que nega a ressurreição de Jesus.O papa advertiu também que os eruditos devem levar em consideração a unidade de toda a escritura, a tradição da igreja, e a analogia da fé (a coerência da revelação bíblica). Segunto Bento XVI, a falha ao balancear a exegese com teologia conduz à conseqüências destrutivas."Esta é a primeira conseqüência: A Bíblia permanece no passado, falando somente do passado", explica o papa. "A segunda conseqüência é ainda mais grave: Onde a hermenêutica da fé [interpretação de textos sagrados] explicada no Dei Verbum desaparece, um outro tipo de hermenêutica aparecerá pela necessidade, uma hermenêutica que seja secularista, positivista,com o fundamento chave de que o divino não aparece na história da humanidade. De acordo com essa hermenêutica, quando parece haver um elemento divino, a fonte dessa impressão deve ser explicada, e assim tudo é reduzido ao elemento humano", completa."Nas entrelinhas, isto é uma tentativa de trazer a Igreja Católica Romana de volta às fontes escriturais", afirmou Timothy George, diácono fundador da Beeson Divinity School. "Devemos ler esta discussão à luz do livro do Papa Bento XVI, Jesus de Nazaré. Ele aparece como um conservador quando se trata de questões de criticismo acadêmico, muito embora não seja propriamente um `infalibilista´ do Chicago Statemen¹".O proeminente observador do Vaticano, John Allen Jr., tem feito relatórios diários do Sínodo direto de Roma. Ele descreveu a visão Católica sobre a autoridade bíblica como estando "a meio-caminho entre dois extremos – o fundamentalismo de cepa evangélica, por um lado, e o ceticismo secular, por outro. Em uma gravação de áudio, o Catolicismo é descrito como estando em algum lugar entre a Convenção Batista do Sul e o Seminário de Jesus".Segundo Allen, alguns dos líderes Católicos mais conservadores se mostraram preocupados em relação aos primeiros esboços do documento de trabalho do Sínodo, o Instrumentum Laboris. O documento não apresenta ensinamentos de autoridades eclesiásticas. Mas, conforme observou Allen, "a discussão acerca da infalibilidade sugere que um tratamento cuidadoso deste assunto constará na versão final do documento, seja através das propostas submetidas ao Papa pelos bispos, seja na constituição apostólica que se espera ser proposta por Bento XVI".Allen relatou o que estava dito no documento em vias de elaboração: "Considerando o que pode ser inspirado por partes diversas das Sagradas Escrituras, a infalibilidade se aplica apenas ‘àquela verdade que Deus desejou que estivesse contida nas Escrituras, pelo bem da salvação’ (ênfase adicionada)". Esta paráfrase e esta citação provêm da declaração seminal de 1965, Dei Verbum, do Vaticano II. Mas em nenhum lugar o latim impositivo contemplou a palavra pode, conforme notou Allen.O Dei Verbum passou por várias revisões até alcançar um delicado equilíbrio. A primeira versão do Vaticano II afirmava que "as Sagradas Escrituras em sua completude são imunes de erro". Mas a versão final concluía que "os livros da Escritura ensinam sólida e fielmente, sem erro, a verdade que Deus desejou estar presente nas Sagradas Escrituras, para o bem da salvação"."O dogma da infalibilidade estava limitado ao domínio das verdades salvíficas", afirmou Gregg Allison, professor associado de teologia Cristã no Southern Baptist Theological Seminary (Seminário Teológico Batista do Sul). Questões relacionadas à história e à ciência não estavam ao alcance da infalibilidade. "Isto reduziu significativamente os problemas bíblicos levantados pelos acadêmicos Católicos, mas também se voltou contra a visão histórica da igreja acerca da veracidade das Escrituras".A tradução inglesa do documento do Sínodo atual sinalizaria um enfraquecimento progressivo da doutrina Católica da infalibilidade - "Parece que o acordo tácito do Vaticano II está sendo exposto na conferência de Roma", afirmou John Woodbridge, professor e pesquisador da história da igreja e da história do pensamento Cristão na Trinity Evangelical Divinity School. "Após anos de ‘não conteste’, agora eles estão perguntando e buscando respostas".Os desafios do Catolicismo perante a infalibilidade no final do século XX voltaram-se contra os longevos ensinamentos da igreja. Ninguém menos do que Santo Agostinho de Hipona estabeleceu o padrão da igreja. "A autoridade destes livros chegou até nós desde os apóstolos, passando pela sucessão de bispos e pela extensão da igreja, e, a partir de uma posição de eminente supremacia, reivindica a submissão de toda mente fiel e piedosa", escreveu Agostinho em resposta a Fausto, o Maniqueu. "Se ficamos perplexos mediante uma aparente contradição nas Escrituras, não é permitido dizer: ‘o autor destes livros se equivocou’, senão que, ou o manuscrito possui falhas, ou a tradução está errada, ou ainda, você não compreendeu".O Papa Leão XIII citou Agostinho em sua encíclica maior, de 1893, sobre o estudo das Sagradas Escrituras. O Vaticano elaborou, subseqüentemente, uma tomada de posição de décadas sobre o alto criticismo. Ao mesmo tempo, as controvérsias acerca da autoridade das Escrituras estavam causando destruição nos seminários e denominações Cristãs.Mais recentemente, os seminários e universidades Católicas toleraram os acadêmicos que negam a historicidade de alguns acontecimentos bíblicos, como os milagres de Jesus. O Papa Bento XVI é um agostiniano, e seus anos de professor universitário lhe proporcionaram os desafios colocados pelo criticismo acadêmico. De acordo com Allen, o papa advoga a "exegese canônica", que "garante a unidade da Bíblia e foca em uma interpretação teológica ao invés de literário-histórica".Antes do Sínodo, a Federação Bíblica Católica comissionou um estudo em 13 países para entender como eles concebiam a Bíblia, informa Allen. "Em linhas gerais, a pesquisa concluiu que inclusive em nações altamente secularizadas, as pessoas têm geralmente uma atitude positiva em relação à Bíblia, achando-a ‘interessante’ e querendo saber mais sobre ela", relata Allen. Ao mesmo tempo, poucos entrevistados não sabiam nada a respeito da Bíblia – nem mesmo se Paulo ou Moisés era um líder do Antigo Testamento.O problema no nível congregacional fora diagnosticado. Chegar a uma solução entre os líderes da igreja será ainda mais difícil, como nos mostra a história. Após empreender suas próprias batalhas em nome da infalibilidade, os Protestantes agora estarão assistindo."O único caminho em direção ao diálogo ecumênico é a senda bíblica", afirmou George. "A Igreja Católica Romana está levando a Bíblia mais a sério agora do que estava de 30 a 50 anos atrás, e isto é um bom sinal".Collin Hansen é editor de Christianity Today e autor de Young,Restless, Reformed: A Journalist's Journey with the New Calvinists(Jovem, incansável, reformado: A jornada de um jornalista com os novoscalvinistas)
¹O Chicago Statement on Biblical Inerrancy (Declaração de Chicago sobre a infalibilidade bíblica) ocorreu em uma Conferência Internacional de líderes evangélicos, acontecida no hotel Hyatt Regency O’Hare em Chicago, em 1978. O congresso foi patrocinado pelo Conselho Internacional sobre Infalibilidade Bíblica (International Council on Biblical Inerrancy, ICBI). A Declaração de Chicago foi assinada por quase 300 proeminentes acadêmicos evangélicos, tendo como objetivo defender a idéia de infalibilidade bíblica e fazer frente às tendências de abordagens liberais das Escrituras.

Luciano

A vitória do "Messias" midiático: reflexões sobre a eleição de Barack Hussein Obama

19:46:00

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Como era de se esperar, Barack Hussein Obama, ungido "Messias" pela imprensa internacional e por 10 em cada 10 pensadores liberais, foi eleito esta semana presidente dos Estados Unidos da América, provocando o júbilo efusivo de milhões de liberais em todo o mundo. Nunca uma eleição para presidente dos EUA foi tão celebrada pela imprensa internacional como esta. Não precisamos ir longe. Só como amostra, vejamos, por exemplo, algumas manchetes e editoriais das principais mídias impressas do Brasil.
Jornal O Globo: "Mundo celebra a nova cara dos EUA" (manchete), "A mudança chegou" (título do caderno especial) e "Momento mágico" (editorial). Um outro periódico do Rio, o jornal Extra, ligado ao grupo Globo, estampou em sua capa os dizeres: "Oba!!!ma".
No jornal Folha de São Paulo: "Vitória histórica de Obama afasta conservadores e derrota racismo" (sic). É isso mesmo que você leu. Essa foi a manchete do jornal. Numa só frase, a síntese de três idéias absurdas: (1) conservadores são maus; (2) conservadores são sinônimo de racismo (já desfizemos essa falácia na postagem do dia 5 de outubro); e (3) a crença idiota de que os EUA viviam até hoje sob um regime parecido com o apartheid, sendo Obama o novo Nelson Mandela. Só ingênuos e preconceituosos caem nessa falácia. Ora, o racismo já foi vencido nos EUA há muito tempo, só existindo ainda ali entre uma minoria ínfima e marginalizada de excêntricos, doentes sociais. Não foi Obama que derrotou o racismo. Afirmar o contrário é forçar uma grotesca mentira.
Numa frase: Não foi a vitória de Obama que derrotou o racismo; o racismo é que já fora derrotado há muito tempo, por isso um Obama pôde ser eleito (e mesmo sob fortes acusações, que só não tiraram sua vitória por fatores que ainda mencionaremos). Os 46% de americanos que não votaram em Obama não o fizeram pela cor da pele, mas por outras razões (e fortes!) já frisadas neste blog. Fazer desses 46% racistas é de uma estupidez sem tamanho.
Que é significativo um negro (ou mestiço, como queiram) ter sido eleito presidente de um país que, num passado recente, sofria com forte racismo, isso é verdade. Por esse ângulo específico, de ser mais uma demonstração ao mundo de uma mudança que já ocorreu há tempos no país, a vitória de Obama é positiva. O que é ignorância é vê-la como uma vitória dos anti-racistas sobre os racistas. Isso, sim, é que é uma estupidez.
Nos EUA, só quem usou o discurso de voto racial nessas eleições foram os militantes de movimentos negros (Louis Farrakhan, Jesse Jackson, Jeremiah Wright, os rappers etc). Somente. Mas, boa parte da mídia daqui e de outros lugares do mundo comprou esse discurso; e ainda agora, às vezes, ela age quase como se fosse o voto desses movimentos que tivesse elegido o novo presidente. Nesse caso, a lógica é pior ainda. Todos os eleitores negros daquele país representam só 13% da população. Não há como alguém ser eleito só com os votos deles. Foram mais de 40% dos brancos dos EUA que elegeram Obama. Logo, que racismo é esse?
Ainda na Folha: "Vitória de Barack Obama detém hegemonia conservadora dos EUA" (título do caderno especial). Nos artigos e matérias, vê-se a tese implícita (e às vezes explícita) de que a vitória de Obama é boa porque representa uma vitória sobre essa espécie de "cancro" da sociedade ocidental, que insiste ainda em viver, chamada conservadores. Agora a situação estaria melhor, dizem, porque foi eleito, conforme ressalta a própria Folha, um candidato "liberal e progressista" que está, inclusive, "mais à esquerda" até mesmo "dentro de seu próprio partido". Ah, há também, na capa de Folha, uma foto de um cartaz em Roma com a foto de Obama e o título em letras garrafais: "O mundo mudou".
E só para dizer que não citei uma revista semanal, menciono a revista Época de 4 de novembro, última edição antes do pleito. Na capa, a chamada é "Por que o mundo quer Obama". Ela traz o seguinte subtítulo: "O que o primeiro negro a um passo da Casa Branca representa para a economia global, para o futuro do planeta e para a sua vida". Dentro da revista, o título "A História quer Obama" e um artigo do antiteísta Christopher Hitchens para Época com o título "A guerra de Sarah Palin contra a ciência" e com a declaração: "O Partido Republicano deixou a Casa Branca ao alcance de uma fanática religiosa e ignorante". Para "variar", pior do que Hitchens, só Arnaldo Jabor. Leia aqui: http://www.midiasemmascara.org/?p=392
Bem, estou só mencionado alguns dentre inúmeros casos. Quem tem acompanhado os telejornais e lido a chamada Grande Imprensa tem visto o frenesi apaixonado e febril da mídia pela vitória de Obama, bulício este analisado com discernimento pela jornalista britânica Melanie Phillips em sua coluna de hoje na quase bicentenária revista The Spectator (http://www.spectator.co.uk/melaniephillips/2576106/freedom-now-stands-alone.thtml). Nela, Phillips ressalta que a mídia e a entourage intelectual de nossos dias está em verdadeiro êxtase e frenesi porque Obama representa aquela mudança pregada pelos promotores da "guerra cultural" por que passa o Ocidente e da qual esse grupo faz parte. Por isso, para a analista britânica, a forma como se deu a vitória de Obama, um defensor de valores sociais liberais, alguém que esposa a agenda da chamada "esquerda chique", e num país como os EUA, onde ainda há um forte conservadorismo, é sinal de que o Ocidente está perdendo. Sim, já que, uma vez que o Ocidente foi construído sobre os valores judaico-cristãos, perder esses valores é decaracterizar o Ocidente. Melanie Phillips está absolutamente certa.
"E Obama não é cristão?" Não cristão no sentido das Sagradas Escrituras. Ele é um "cristão" típico da pós-modernidade. O tipo de cristianismo que Obama defende é aquele em que, por exemplo, (1) eutanásia, aborto, destruição de embriões para produção de células-tronco e homossexualismo não são pecados, como ele mesmo já afirmou repetidas vezes, (2) e no qual a fé cristã, para não "estagnar", para se tornar menos "engessada", deve aprender com as demais religiões. Já escrevi sobre isso no post de 5 de outubro, mas, se alguém quer mais referências, há um livro novo no mercado brasileiro, intitulado O Deus de Barack Obama, que se propõe a explicar o porquê de tantos jovens nos EUA se identificarem com Obama. Explica o livro:
"Com relação à religião, a maioria dos jovens dos Estados Unidos tem uma postura pós-moderna, o que significa dizer que eles encaram a fé de um modo parecido ao jazz: informal, eclético e, muitas vezes, sem um tema específico. Basicamente, costumam rejeitar uma religião organizada, privilegiando uma mescla religiosa que funcione para eles. Para esses jovens, não há nada de mais em construir a própria fé juntando tradições de religiões totalmente diferentes, e muitos formam sua teologia da mesma maneira como pegam um resfriado: por meio de contatos casuais com estranhos. Portanto, quando Obama fala de questionamentos sobre certos dogmas de sua fé cristã, da importância da dúvida na religião ou de seu respeito por religiões não cristãs, a maioria dos jovens imediatamente se identifica e simpatiza com sua fé não tradicional como base para sua política com tendência de esquerda — e também para a deles”. Leia mais sobre o assunto no blog do irmão Valmir Milhomens: http://comoviveremos.com/2008/11/05/o-deus-e-a-fe-de-barack-obama/
Não é à toa que o pastor convidado por Obama para fazer a oração de abertura (tradição nas convenções dos dois maiores partidos dos EUA) da Convenção do Partido Democrata no final de agosto foi o emergente Donald Miller, autor do best seller Blue Like Jazz, lançado no Brasil com o título Como os pingüins me ajudaram a entender Deus. Miller é um dos maiores ícones do chamado "cristianismo pós-moderno" nos EUA e admirado principalmente pelos jovens. O "jazz" do título original de seu livro tem a ver com a comparação que o autor de O Deus de Barack Obama faz entre o jazz e o "cristianismo pós-moderno".
Isto é, o "ungido" foi beneficiado pela convergência dos acontecimentos que moldaram a atual conjuntura econômica, política, social, filosófica, religiosa e psicológica dos EUA, devidamente aproveitada pela militância engajada, devotada, persistente e incansável de seus fiéis seguidores na mídia e fora dela.

Entendendo o resultado

Ninguém esperava um resultado diferente nas eleições americanas, principalmente depois que a crise econômica estourou, pulverizando em poucos dias a vantagem que John McCain tinha sobre Obama durante as duas primeiras semanas de setembro e estabilizando o candidato democrata à frente nas pesquisas. A crise econômica foi, sem dúvida, um dos principais fatores determinantes. De meados de setembro para cá, depois que ela explodiu, Obama não apenas voltou a tomar a dianteira: ele não a largou mais. É verdade que, nesse período de disparada, ainda chegou a oscilar por três vezes, ficando em uma oportunidade rigorosamente empatado com McCain (ambos com 46% das intenções de voto), empatando tecnicamente há duas semanas (46% a 43%) e ficando incrivelmente com apenas um ponto à frente de McCain numa das pesquisas diárias da semana passada, em censo do Instituto Zogby. Mas foram só lampejos decorrentes dos ataques que sofreu nas últimas semanas, com acusações fortíssimas pesando contra ele (a relação com Bill Ayers e o processo de Phillip Berg, por exemplo).
No final, o que valeu mais não foram as fortes acusações que pesavam contra o democrata, nem as melhores propostas ou a maior experiência de McCain, mas o clima de protesto diante da crise e contra um presidente republicano que tem o segundo maior índice de rejeição da história daquele país (só 24% dos americanos o apóiam). Prevaleceu a eficiência do marketing e do discurso retórico de “esperança” para uma nação atingida em cheio pelo caos econômico (quase 2 milhões de americanos despejados de suas casas por inadimplência, 40% da população endividada, milhões de desempregados). Em suma: o que prevaleceu foi a catarse do ressentimento em relação ao governo que atravessou duas guerras e está enfrentando uma crise econômica colossal. Aliás, convenhamos: esta foi a eleição presidencial mais fácil para os democratas em todos os tempos. Toda a conjuntura social, política e econômica do país concorria a favor deles.
Para que você entenda melhor: Quem elege o presidente dos EUA não são os republicanos ou os democratas, posto que praticamente se equivalem em quantidade de seguidores. Se os democratas fossem maioria esmagadora, ou os republicanos, todas as eleições nos EUA já estariam decididas antes mesmo das campanhas começarem. As campanhas seriam meras formalidades. A verdade é que 80% dos eleitores americanos se dividem praticamente meio a meio entre republicanos e democratas. O último levantamento sobre a quantidade de eleitores filiados aos dois partidos revela que, hoje, 42% dos eleitores americanos registrados seriam democratas e 38%, republicanos. Ou seja, a diferença numérica entre eles é de apenas 4%. Por sua vez, os eleitores filiados aos partidos independentes chegariam a apenas 9%. Isso significa que, teoricamente, 89% dos eleitores americanos são votos certos para seus respectivos partidos (na verdade, os independentes não são tão fiéis a seus partidos; entretanto, por outro lado, o número de democratas e republicanos que viram a casaca é ínfimo). Resta ainda, contudo, 11% de eleitores americanos que não têm preferência partidária e que mudam sua preferência conforme a onda. Ou seja, são estes 11% – que representam milhões de eleitores – que decidem a vitória para um lado ou para o outro; são eles que definem para que lado a balança vai pesar mais, além, claro, do poder que cada partido demonstrará, no dia do pleito, de mobilizar seus próprios filiados para votar (lembremos que o voto, nos EUA, não é obrigatório).
Em 2004, a maioria dos americanos sem partido votou em Bush e o Partido Republicano conseguiu mobilizar mais seus seguidores do que os democratas. Em 2008, desta vez foi a vez de os democratas conseguirem mobilizar mais seus seguidores do que os republicanos e de convencerem a maior parte daqueles 11% a votarem em Obama.
Bem, mas como os democratas conseguiram mobilizar tanta gente e convencer a maioria desses 11% de eleitores sem partido? E mais: o que isso nos ensina sobre a conjuntura política e espiritual do final dos tempos? É o que analisaremos a seguir.

A crise leva as pessoas a serem mais coração do que razão

Recentemente, vi um analista político secular afirmando que as pessoas mais racionais em suas análises naturalmente percebiam que McCain seria melhor opção que Obama, já que, além de também representar mudança (McCain é um republicano progressista que sempre defendeu uma ruptura com o modelo de governo da "Era Bush"), é também muito mais experiente que o democrata, entende melhor de política externa e apresentou propostas mais viáveis (as propostas dos dois candidatos eram, no geral, parecidas, com algumas poucas divergências profundas - e ambos tinham também os tradicionais exageros de promessa de campanha -, mas as propostas de McCain eram, em certos pontos, claramente melhores).
Porém, conforme frisou aquele analista, as pessoas, em meio à crise, passaram a ser mais coração do que razão, e para quem é mais coração do que razão, Obama era o candidato que se tornava mais atraente às pessoas, já que, além de ter uma excelente retórica, ser mais jovem, bonito e alto (é o terceiro presidente mais novo da história dos EUA), enquanto McCain é idoso e com problemas de saúde, o democrata contou com um marketing muito forte (nunca visto antes em uma eleição), sendo apresentado como uma espécie de símbolo de protesto. Em outras palavras, as pessoas votaram mais em uma idéia e em uma mensagem do que em propostas concretas; canalizaram para Obama, como um símbolo de seu protesto, os anseios de mudança que desejavam - anseios estes catalisados pela explosão da crise econômica em meados de setembro. E aí, quando isso acontece, pouco importa se o símbolo é um candidato inexperiente, sob fortes acusações ou sem as melhores propostas.
Em uma frase: a crise foi o maior cabo-leitoral de Obama. Foi ela que fez os americanos serem mais coração do que razão na hora do voto, porque a crise leva as pessoas a serem mais coração do que razão.
Claro que, para que pudesse capitalizar votos quando a crise econômica estourou, Obama - cuja campanha tinha como mote "mudança" - teria que, antes, conseguir cristalizar em torno de si a imagem de uma mudança realmente relevante, mais do que a que McCain estava esposando. Lembremos que o candidato eleito nas prévias do Partido Republicano era o mais progressista de todos os nomes republicanos e que o discurso de campanha dele, antes e depois da vitória nas prévias, enfatizava constantemente isso.
Obama e sua campanha precisavam diminuir a todo custo a imagem de progressista do candidato republicano. E foi o que fizeram. Insistiram nisso o tempo todo. Tentaram, o máximo possível, colar em McCain a imagem de “continuação da Era Bush”. E não é que, por mais absurdo que seja afirmar que McCain seria uma continuação da “Era Bush”, os democratas conseguiram levar muitos americanos a pensarem assim? Mas, como conseguiram?
Realmente, a tarefa não era fácil. Como levar o americano a pensar que John McCain representava "a continuação da Era Bush", se ele sempre foi oposição a Bush no Partido Republicano e foi o congressista republicano que mais votou contra o governo Bush? Obama, carregando na tinta, dizia que McCain votara "95% das vezes a favor do governo", quando fora 89% das vezes, algo próximo da média dos congressistas democratas. Eles votaram, em média, 80% das vezes a favor do governo Bush. Os republicanos, 95%. Ademais, McCain tem no currículo vários projetos seus importantes aprovados como legislador, enquanto Obama, que tanto prega mudança, nunca teve um projeto seu aprovado. Apenas votou 100% conforme a orientação do seu partido. Nunca rompeu com a liderança do seu partido em qualquer questão de qualquer natureza, nem escreveu nenhum projeto de lei em quatro anos como senador. E queria mudança!
Como, então, Obama conseguiu?
O próprio McCain ajudou-o sem querer. Quando o republicano viu sua liderança nas pesquisas ser ameaçada pelo democrata depois da explosão da crise econômica em setembro, McCain tomou uma medida muitíssimo arriscada, uma medida que, se desse certo, o consagraria; se não, "adeus eleição".
Em 20 de agosto, antes da Convenção do Partido Democrata, McCain estava 5 pontos à frente de Obama (http://www.estadao.com.br/internacional/not_int227515,0.htm). Então, veio a Convenção Democrata, encerrada em 28 de agosto, e Obama voltou a subir, empatando tecnicamente com McCain com uma leve vantagem de 3 pontos. Mas, na semana seguinte, vem a Convenção Republicana e McCain volta a ultrapassar Obama, e em todas as pesquisas, ficando dez dias à frente do democrata. Em 7 de setembro, a pesquisa US Today/Gallup chega a apontar McCain 10 pontos à frente de Obama (http://time-blog.com/real_clear_politics/2008/09/usa_todaygallup_mccain_10.html). Foi só em 18 de setembro, com a explosão da crise, que Obama voltou a subir e a ultrapassar McCain (http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/mundo/conteudo.phtml?tl=1&id=809480&tit=Apos-piora-na-economia-pesquisas-mostram-Obama-a-frente-de-McCain).
Vendo o que estava acontecendo, McCain tentou reverter o quadro de forma errada. Tentou passar a imagem de pró-ativo, suspendendo a campanha dele temporariamente para participar das negociações no Congresso em favor da aprovação do pacote salvador do governo Bush. Medida arriscada que, no começo, deu certo. Quando McCain suspendeu a campanha para negociar, Obama, que já havia disparado 9 pontos à frente de McCain pelo Gallup logo que a crise estourou, perdeu os 9 pontos de vantagem em apenas três dias, segundo o mesmo Gallup. Em 26 de setembro, os dois estavam rigorosamente empatados com 46%. Porém, à medida que as negociações não prosperavam, McCain voltou a cair. Ou seja, era melhor não ter se envolvido nas negociações. Como Obama, deveria se postar apenas como um crítico à distância. McCain pensava, como a maioria do mundo pensou, que o pacote do governo seria logo aprovado, o que capitalizaria sua imagem de líder e negociador (e, no caso, em momentos difíceis), mas não foi o que aconteceu. As negociações duraram mais de suas semanas. Assim, Obama pôde usar algo para questionar a capacidade de liderança de McCain e "linká-lo" à propalada ineficiência do atual governo nas negociações. E insistiu: "Ele é mais do mesmo". Resultado? O democrata disparou nas pesquisas e não largou mais a dianteira.
O próprio Instituto Gallup, na sua avaliação feita hoje sobre a corrida eleitoral americana, reconhece que foi a crise econômica que tirou McCain da liderança, ressuscitou Obama nas pesquisas e o levou solidamente à vitória (http://www.gallup.com/poll/111742/Obamas-Road-White-House-Gallup-Review.aspx). Ontem, o Gallup já ressaltara que 86% dos americanos estão insatisfeitos com a situação do país e 62% colocam a crise econômica como a principal razão para sua insatisfação. Por isso, mesmo após as denúncias das últimas semanas, Obama se manteve à frente, apenas oscilando um pouco em alguns momentos devido à intensidade das denúncias, como falamos de início.
Portanto, não é verdade, como alguns tontos dizem, que McCain perdeu porque “escolheu uma péssima vice”. Tremendo equívoco. E não estou afirmando isso por mera simpatia em relação a Sarah Palin por ela ser uma evangélica conservadora. O "Efeito Palin" ajudou McCain, sim, conquistando o apoio dos republicanos conservadores, que estavam reticentes em relação a McCain por ele não ser conservador em todas as questões. Tanto ajudou McCain que, logo seu nome anunciado, iniciou-se uma campanha avassaladora da mídia democrata americana contra Sarah (tentando criar e colar nela defeitos que a mídia enfatiza em Bush) e, mesmo com essa contra-campanha, ela continuou no auge. Algumas das maiores audiências da tevê americana neste ano foram o discurso de Palin na Convenção Republicana, sua entrevista à CBS, seu debate com Joe Binden (mais assistido do que todos os debates entre Obama e McCain) e até a sua participação bem-humorada no Saturday Night Live.
Para quem acha que Sarah não ajudou: antes de escolhê-la, McCain não tinha tanto apoio dos evangélicos dos EUA, como já lembramos. As pesquisas da época apontavam que boa parte deles estava indecisa, desanimada e falava que não iria votar. Pois bem, segundo li hoje, comprovando as previsões, um levantamento da CNN mostra que 74% dos evangélicos que foram às urnas votaram em McCain contra apenas 24% que votaram em Obama. O respeito que McCain demonstrou aos conservadores durante a campanha, sua ênfase nos pontos comuns e principalmente a escolha de Sarah ajudaram McCain. Mas não foram suficiente. Só o voto dos evangélicos não elege o presidente. Em 2004, isso funcionou, mas, frise-se, combinado com o apoio da maioria daqueles 11% de que já falei e com uma grande mobilização dos republicanos liderada pelo excelente estrategista da campanha de Bush, Karl Rove.
Agora, se alguém afirma que a escolha de Sarah só ajudou McCain nesse sentido (de atrair o apoio de evangélicos desanimados com as eleições), aí podemos concordar. Sarah, por exemplo, não conseguiu atrair a maioria do voto feminino para McCain. Entretanto, também é errado afirmar que Sarah afastou de McCain muitos eleitores que antes pensavam em votar nele. Outra falácia midiática. Antes de Sarah, as pesquisas já mostravam que a maioria das eleitoras simpatizava com Obama. E os poucos republicanos que declararam-se insatisfeitos com a escolha de McCain são ínfima minoria no partido, além do que todos os analistas da imprensa secular daqui e de lá que citaram Sarah em artigos como "uma escolha ruim", "uma escolha que me afastou ainda mais de McCain", já eram obamistas antes de McCain eleger Sarah, e estavam apenas usando-a como um argumento a mais contra o republicano. McCain perdeu os votos que estava agregando em torno de si por outros motivos, os quais já elencamos aqui.
Por fim, se Sarah só afastava eleitores em vez de agregar, como tentava vender a imprensa obamista, por que todas as vezes que a víamos em ação nas ruas ela arrastava mais multidões do que McCain e o próprio Obama? "Do que Obama?" Sim. Você sabia que ela arrastou mais pessoas às ruas do que o "ungido"? Pois é, o ranço e a perseguição da imprensa obamista a ela escondem-nos essas informações. Aqui vai uma nota que mui provavelmente você, leitor, desconhece. Trata-se de uma notícia que nenhuma mídia brasileira divulgou, seja jornal, revista, televisão, rádio ou internet, e que mostra muito como Palin conseguiu agregar a McCain um grande número de eleitores, especialmente evangélicos: o maior recorde em um comício de rua desta eleição presidencial não é de Obama, mas de Sarah. Em 22 de setembro, Sarah Palin, que até o final da campanha continuou arrastando multidões em suas comícios de rua, fez campanha sozinha para McCain na Flórida, arrastando uma multidão de 60 mil pessoas! O máximo que Obama tinha levado às ruas durante toda a sua campanha foi quase 50 mil pessoas, e isso já faz meses (Obama só falou a mais gente em três oportunidades que não contam: em Berlim; no discurso de apresentação da Convenção do Partido Democrata, que foi em um estádio; e no discurso da vitória da madrugada de hoje. Nenhum desses casos vale como medição, porque não são comícios de rua em campanha nos EUA).
O discurso de Obama a 50 mil pessoas foi foto de capa de vários jornais do Brasil, como o jornal O Globo, aqui do Rio. Já o recorde estabelecido por Palin não provocou nem uma notinha de uma linha em qualquer lugar perdido dos jornais. O detalhe é que, no mesmo dia, Joe Binden, vice de Obama, esteve na Flórida também em campanha e levou apenas 2 mil pessoas. Engraçado que McCain chegava a fazer comícios na rua para até 500 pessoas, enquanto os comícios de Sarah geralmente não tinham menos que 5 mil pessoas.
"Mas, pastor Silas, como essa multidão nos comícios de Sarah não se refletiu em uma vitória apertada? Obama ganhou esmagadoramente!"
Em termos de delegados conquistados, que é o que vale mais lá, sim, é verdade; mas, em termos de número de votos, não foi uma vitória avassaladora. É verdade que Obama-Binden conquistou mais de 360 delegados e McCain-Palin, 162. Porém, McCain-Palin venceu em 22 Estados e Obama-Binden, em 28, e com vitória apertada em muitos deles. E no número total de votos, a chapa Obama-Binden foi eleita com 52,6% dos votos e a McCain-Palin teve honrosos 46,1%.
Bem, finalmente, dentro deste primeiro ponto, quero ressaltar ainda que o que aconteceu nesta eleição exemplifica muito bem o que irá acontecer quando do advento do Anticristo. Ei! Não estou dizendo que Obama é o Anticristo! Só estou dizendo que o que aconteceu a Obama agora é um exemplo do contexto a partir do qual o Anticristo se levantará: forte crise econômica, guerras, clima de desesperança, anseio por mudanças profundas, a busca por um "líder salvador", messianismo, quase que unanimidade internacional em torno do "líder salvador", inclusive por parte da mídia etc. Os ingredientes são os mesmos. Ou seja, esse contexto da eleição de Obama é uma amostra clara do contexto político e espiritual que deve permear o mundo quando do advento do Anticristo. As pessoas apoiarão o Anticristo porque, desesperançadas, tendem a ser mais emoção e feeling do que razão.

O maior poder de marketing e uma estratégia de mobilização jamais usados na História, e com o apoio maciço da mídia americana e internacional
O maior apoio já dado pela mídia americana e a internacional em relação a um político em toda a História ocorreu nesta eleição, em favor de Barack Hussein Obama. Era extremamente comum a maior parte da mídia dos EUA e do mundo até mesmo ocultar ou minimizar deliberadamente as acusações fortes que pesam contra o democrata.
Uma pesquisa recente mostrou que 204 jornais dos EUA declararam apoio explícito a Obama antes do pleito, enquanto só 100 apoiaram McCain, e com um detalhe: dos que apoiaram Obama, a maioria era de grandes jornais (The New York Times, Washington Post, Los Angeles Times etc). Todos os "jornalões", exceto um, apoiaram o democrata. O único "jornalão" americano a apoiar McCain foi o Wall Street Journal.
Além de Obama ter arrecadado mais de 600 milhões de dólares (um recorde fruto da onda messiânica), que possibilitaram que comprasse meia hora de três das maiores redes de televisão do país para passar sua propaganda eleitoral, enquanto McCain só tinha dinheiro para propagandas de cinco ou três minutos, alguns centros de pesquisa independentes e um analista da ABC destacaram a "obamização militante" da mídia americana. Leia aqui http://www.newsmax.com/insidecover/media_study_mccain/2008/10/22/143199.html?s=al&promo_code=6DF8-1, aqui http://abcnews.go.com/print?id=6099188 e aqui http://www.ornery.org/essays/warwatch/2008-10-05-1.html. Até mesmo o colunista ateu e liberal Diogo Mainardi, que torcia pela chapa McCain-Palin (uma exceção à regra) por vê-la com as propostas mais coerentes, reconheceu a irracionalidade desse colossal apoio midiático pró-Obama em artigo no qual, em tom de ironia, faz graça com sua tristeza pela derrota da chapa republicana (Leia aqui: http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/integra_061108.html).
Obama teve praticamente todo o mundo midiático ao seus pés, lutando pela causa liberal, que foi fortalecida por duas guerras e uma crise econômica que ocorreram durante o governo de um conservador.
Essa quase perfeita harmonia e apoio da mídia a um político defensor da causa liberal também é uma amostra de como será possível, mais à frente, uma conjuntura liberal que propiciará o advento do Anticristo.
Enfim, o século 21 começou apontando a formação de uma nova conjuntura no mundo, cuja textura ideológica, política e social não é novidade para quem já conhece os vaticínios bíblicos sobre o Final dos Tempos.

Luciano