A conveniência do poder temporal e a ingenuidade ou (conivência) de Igrejas e líderes Evangélicos
terça-feira, 10 de novembro de 2009
A CONVENIÊNCIA DO PODER TEMPORAL E A INGENUIDADE (OU CONIVÊNCIA) DE IGREJAS E LÍDERES EVANGÉLICOS (2)
(Foto: Rossana Lana, Site do PT)
Quando se trata das questões relacionadas ao PLC 122 (ou Lei da Mordaça), somos para alguns setores do PT: fundamentalistas religiosos, ignorantes e homofóbicos.
"Mas, enfrentamos obstáculos fortíssimos: o fundamentalismo religioso (que transformou a oposição à criminalização da homofobia em sua principal pauta teológico-política) a ignorância de muitos e omissão de vários parlamentares. E, claro, a homofobia institucional, que torna tudo mais difícil para nós." (Julian Rodrigues, no Site do PT)
Mas, quando o assunto é voto, deixamos de ser vistos como fundamentalistas religiosos, e somos transformados em grandes "parceiros" políticos.
A Ministra Dilma Roussef (possível candidata à presidência da República pelo PT), já está visitando cultos evangélicos, como no caso do aniversário do pastor José Wellington B. da Costa.
Entendo que seria interessante uma manifestação oficial dela acerca do assunto (PLC 122), pois, é uma grande incoerência de nossa parte apoiar alguém e um partido, que aprova uma lei que proíbe a manifestação pública de nossas convicções de fé.
Para o autor do texto acima citado, e para quem compactua com as suas posições:
- Não somos fundamentalistas religiosos nos termos implícitos na classificação. Somos pessoas que acreditam na Bíblia como Palavra de Deus, e nos seus princípios como norteadores ideais para a felicidade do ser humano;
- Não somos ignorantes, antes, vemos com clareza o que a "cegueira" ideológica e cultural não consegue perceber, o que o manto da chamada "intolerância" tenta encobrir;
- Por fim, não somos homofóbicos. Amamos os homossexuais e os respeitamos como pessoas e indivíduos livres que são. Só não temos que concordar com a prática homossexual, assim, como ninguém tem que concordar com a prática da fé evangélica, inclusive, com plena liberdade para criticá-la livre e abertamente (como já fazem).
Para os líderes que insistirem em manifestar apoio oficial à (possível) candidata e ao partido, sem ouví-la oficialmente sobre o assunto (PLC 122):
- Ficará claro o interesse politiqueiro dos tais, ou a busca de vantagens do tipo: apoio a candidatos evangélicos nas próximas eleições, promessas de cargos políticos ou outras benéfices já conhecidas;
- Denunciarei tais líderes neste blog, mobilizando uma campanha na internet em sites, blogs e redes sociais cristãs, contra tal postura.
Um fato é que nesta questão, o PT tentará de todas as formas agradar aos movimentos pró PLC 122, e, ao mesmo tempo, aos que chamam de "fundamentalistas religiosos, ignorantes e homofóbicos", pois ambos são detentores de milhões de votos por esse Brasil afora.
Altair Germano (pastor, teólogo e pedagogo)