Aborto: foi dada a largada

07:00:00

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A senha já deu o presidente Obama.

Assessorou-se no alto escalão de pessoas ligadas à causa abortista, revogou as disposições assinadas por Bush que impediam o uso de verba pública para fomentar o aborto no exterior e deixou claro, nos primeiros dias de seu governo, que esta seria uma de suas principais bandeiras. Veio antes até das propostas para a crise econômica.

Nada mais faltava.

Poucos dias depois, exatamente nesta semana, qual foi a matéria de capa da revista Veja? Se você mencionou o aborto, acertou. Ela escancarou as suas páginas, “como nunca antes neste país”, e abriu o verbo (a verba fica por conta do governo) com depoimentos de médicos favoráveis e de mulheres que em algum tempo de sua vida abortaram, inclusive a modelo Luíza Brunet. Mesmo com o peso da culpa.

Veja só não foi imparcial.

Sua intenção foi aproveitar a onda obâmica e criar no Brasil um clima favorável à descriminalização do aborto. Para não deixar a impressão de que não ouviu o outro lado, publicou o depoimento de um médico que sob nenhuma hipótese praticaria o aborto.

Bela imparcialidade!

O resto quem leu já sabe. A matéria foi construída com a intenção de mostrar que o aborto é uma questão de saúde pública e que, mais cedo ou mais tarde, terá de ser descriminalizado. Citou velhas e imprecisas estatísticas, não discutiu aspectos éticos e sequer científicos, apenas vaticinou por suas linhas bastante tortuosas e direcionadas: o Brasil precisa do aborto.

Pronto. Foi dada a largada.

Daqui para frente a luta se tornará mais renhida, outros mostrarão a sua cara sem qualquer pudor e tudo farão para que o Congresso aprove a medida. É tanto que os médicos não tiveram nenhum constrangimento em afirmar que, sob o manto da chamada “redução de danos”, instruem as mulheres que procuram os seus consultórios à procura do aborto acerca dos procedimentos que podem ser adotados.

Não coraram de nenhuma vergonha.

O que de maneira eufemística afirmaram, sem deixar explícito, foi que ajudam essas mulheres a cometer crimes. Até onde eu sei, a legislação que proíbe o aborto continua em vigor. Não há atenuante de redução de danos. Eles estão, por isso, sujeitos às penas da lei. Mas ficarão onde estão sem que ninguém lhes incomode. Nem a Polícia Federal do presidente Lula, acostumada a ações espetaculares.

O que mais me espanta é o argumento.

A questão religiosa não foi posta na mesa porque, à exceção do Bispo Macedo e de alguns poucos mais, os religiosos são contra o aborto. Aqui saúdo os católicos que militam com garra nesta trincheira, enquanto muitos de nós, evangélicos, preferimos a omissão em nome de uma teologia, que, ao invés de usar a esperança do Reino para lutar, acomoda-se ao pessimismo de que tudo vai mesmo de mal a pior. Não há nada a fazer para melhorar o que está aí. Mas não se abre mão dos carros novos, casas bonitas, roupas bem costuradas, bons salários. Para isso há bastante espaço. Até na teologia.

Mas não fica apenas neste ponto.

A Veja, embalada pelo obamacentrismo, descartou até a discussão científica. Claro! Eles, os cientistas, não se entendem sobre quando começa a vida! Ao invés do raciocínio simples e lógico de que o jogo começa quando o juiz apita o início – a hora da concepção – abrigam-se atrás de mil teorias para tentar esconder uma verdade: a vida humana começa na fecundação.

Para o que então apela a revista?

Apela sem pestanejar para o rastro obâmico, que apresenta como razão para o aborto a liberdade de escolha. Não podemos privar as mulheres desse direito. Cabe a elas decidirem sobre o seu corpo. Não quero entrar neste mérito, porque aqui valeria outra discussão. Fica para depois. O que desejo discutir, agora, é a falácia da argumentação da liberdade de escolha, não importa tenha sido essa a tese da Suprema Corte dos Estados Unidos para legalizar o aborto.

Será que é isso mesmo?

Claro que não! A lei que criminaliza o aborto em nenhum momento interfere na liberdade de escolha. Nem outras normas jurídicas que punem os mais variados crimes. Elas lidam, isto sim, é com as consequências dessa liberdade. Ninguém é preso sob a presunção de que vá cometer um assassinato. Há poucos dias, na cidade onde moro, uma senhora registrou na delegacia a ameaça de morte que sofrera de seu marido. Ele não foi detido, porque seria uma prisão arbitrária. O máximo que a polícia poderia oferecer era dar proteção à mulher. Três dias depois foi assassinada... Pelo marido. Que então foi preso em flagrante.

Entendeu o raciocínio?

A liberdade de escolha vem desde tempos imemoriais e foi dada ao homem pelo próprio Deus. As páginas sagradas defendem esse princípio, que se constitui no cerne da vida humana. Quando somos privados dela, tornamo-nos aprisionados de um sistema ou de alguém. Agora, isso não anula outro princípio. Devemos sofrer as consequências ou receber os benefícios das nossas escolhas. Isto também é bíblico.

Aonde quero chegar?

Todos somos livres, como princípio, para fazer o que quisermos. As mulheres já têm liberdade para abortar. Isto não precisa ser discutido. Não depende de lei alguma, como a LLC que Obama pretende decretar nos EUA. É falácia dos abortistas. É discurso para confundir. É argumento que ganha força porque o "ungido" americano o acolheu. A liberdade sempre existiu. É intrínseca ao homem. O que se penaliza, e deve continuar sendo penalizado, é a prática em si. Todas as escolhas são da livre vontade humana. Quem escolhe praticar o aborto faz livre uso dessa vontade, tanto quanto quem tira a vida de outra pessoa. Mas deve pagar pelo seu ato.

Aborto é assassinato. E assassinato é crime.
Postado por Pastor Geremias Couto

Luciano

DIVISÃO NA IGREJA: REBELDIA, VONTADE DIRETA OU PERMISSIVA DE DEUS?

06:29:00

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Em meio à grande festa de aniversário, o pastor assembleiano bateu no peito e orgulhosamente afirmou: "Esta igreja não é fruto de divisão nem de invasão!"

Parece-me que ele desconhece a história da própria igreja que preside (ou quer apagar alguma mácula ou memória do passado). Pior, parece-me que ele desconhece a própria história das Assembléias de Deus no Brasil. Pode inclusive, estar entorpecido pelo desejo de ser diferente, de estar acima da média, de ser melhor do que os seus pares, de ser-mais.

As Assembléias de Deus no Brasil, nasceram de uma divisão. A história é clara. Não há nenhum demérito nisto. Em nada este fato diminui o trabalho dos pioneiros, nem de todos aqueles que contribuíram e contribuem para o crescimento da igreja.

O problema do surgimento ou criação de uma igreja não é ter sido resultado de uma "divisão", mas, da causa da divisão.

"Deus, não é Deus de divisão!" bradam alguns. A questão é: de qual divisão Deus não é Deus ? Será que estes tais já leram o texto bíblico abaixo:

"Tendo Roboão chegado a Jerusalém, convocou toda a casa de Judá e a tribo de Benjamim, cento e oitenta mil homens escolhidos, destros para a guerra, para pelejarem contra a casa de Israel a fim de restituírem o reino a Roboãa, filho de Salomão. Veio, porém, a palavra de Deus a Semaías, homem de Deus, dizendo: Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a toda a casa de Judá e de Benjamim, e ao resto do povo, dizendo: Assim diz o Senhor: Não subireis, nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; volte cada um para a sua casa, porque de mim proveio isto. E ouviram a palavra do Senhor, e voltaram segundo o seu mandado." (1 Rs 12.21-24)

Deus declara em sua palavra que a divisão das tribos foi provida por ele. A versão Revista e Corrigida de Almeida diz "eu é que fiz esta obra". A tradução NTLH relata "foi porque eu quis".

Não é a divisão em si mesma, mas são as causas que promovem uma divisão que importam, que sinalizarão se é necessária ou não, se é aprovada (ou tolerada) ou não por Deus . No caso do texto citado acima, a divisão foi resultado da arrogância, loucura, prepotência e orgulho de Roboão, que o levou a oprimir o povo de Israel (1 Rs 12.1-20).

A postura de Roboão é imitada atualmente por muitos líderes de igrejas no Brasil e no mundo. São agentes opressores que acabam promovendo divisões. No fim, para livrar a cara, chamam os que não suportam ou se indignam com a opressão de rebeldes e facciosos.

No Novo Testamento encontramos um caso clássico de divisão:

"Decorridos alguns dias, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar os irmãos por todas as cidades em que temos anunciado a palavra do Senhor, para ver como vão. Ora, Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos. Mas a Paulo não parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. E houve entre eles tal desavença que se separaram um do outro, e Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, fortalecendo as igrejas." (Atos 15. 36-41)

Isso mesmo, Paulo e Barnabé se desentenderam e se separaram. Até homens de Deus se desentendem e se separam. Cada um seguiu o seu caminho. Qual dos dois foi o rebelde? Qual dos dois deixou de ser abençoado por Deus em razão da "divisão"?

Estou aqui fazendo apologia a qualquer tipo de divisão? Deus me guarde disso! Sei que há milhares de divisões promovidas e mantidas por Satanás e seus demônios. Há ainda outras divisões, resultado do desejo cego de alguns homens pelo poder ou para tirar alguma vantagem pessoal da situação. O que afirmo, é que usar o termo "divisão" de forma imprópria, para justificar um sentimento de orgulho pessoal e o desejo de parecer melhor que os outros, é uma falácia e um auto-engano.

E o que falar da Reforma Protestante? O racha no catolicismo romano, promovido pela coragem de Lutero, em face a opressão e aos absurdos doutrinários da liderança católica, do qual todos nós protestantes, de alguma forma somos fruto.

Mas como falava, as Assembléias de Deus no Brasil nasceu de uma divisão ocorrida na Igreja Batista de Belém, no dia 13 de junho de 1911. Uma divisão causada pelo fato de um grupo de dezoito irmãos afirmarem publicamente que criam no Batismo com o Espírito Santo, evidenciado pelo falar em outras línguas. Este fato causou a expulsão do grupo, juntamente com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Alguém pode afirmar "mas eles não dividiram a igreja, foram expulsos da mesma". Esta afirmação é uma tentativa de atenuar os fatos. Mas por qual razão foram expulsos? Foram expulsos em razão de não negociarem a verdade de Deus. Foram expulsos por não se renderem a pressão sofrida. Foram expulsos por suas convicções inabaláveis.

Para muitos, os nossos pioneiros são os responsáveis diretos pela cisão naquela igreja. São tidos por rebeldes, juntamente com o dezoito irmãos que de lá saíram. O grupo de "rebeldes" cresceu e tornou-se a maior denominação evangélica do país.

Nenhum líder assembleiano, cuja história da chegada e fundação da igreja no Estado ou região está ligada aos acontecimentos em Belém, pode bater no peito e dizer que sua igreja não surgiu de divisão. Se escapar de Belém, acaba não escapando da Reforma.

Milhares de irmãos, das mais diversas denominações ou Convenções no Brasil, são chamados de rebeldes, tratados com indiferença, vistos como "leprosos e impuros", "crentes de segunda , terceira, quarta... categoria", por congregarem em igrejas que surgiram da opressão e da arrogância de líderes inchados, sectários, pretensiosos, vaidosos e pedantes, que não respeitam o próximo, não sabem conviver com diferenças de opiniões, que não conversam e discutem, que tentam impor a força os seus caprichos ou pontos de vistas. A postura desses líderes, não apenas gera divisão, mas fomenta, alimenta e perpetua as já existentes.

Da próxima vez que for falar de "divisão", em vez de acusações irônicas e iradas, seja mais prudente e cuidadoso. Deus pode estar diretamente envolvido neste negócio! Em vez de perder tempo e energia com isto, vá pregar o evangelho e cuidar com temor e respeito de suas ovelhas.

Quem sabe, fazendo assim, não se evita uma nova "divisão"?

SUGESTÕES DE LEITURA

- Dicionário do Movimento Pentecostal. Isael de Araújo. CPAD.
- História das Assembléias de Deus no Brasil. Emílio Conde. CPAD.
- Síntese Histórica da Assembléia de Deus em Abreu e Lima. Roberto José dos Santos, Altair Germano da Silva, Dário José de Souza e Esdras Cabral de Melo. FLAMAR.
Postado por ALTAIR GERMANO

Luciano

Infelizmente, Obama já começou mal

19:51:00

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Pela primeira vez na história dos Estados Unidos da América, um presidente eleito toma posse recebendo as bênçãos de Alá e as de um bispo homossexual. Ingrid Mattson, presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte, foi convidada por Obama para falar no culto de posse amanhã, na Catedral Nacional em Washington, e invocar as bênçãos de Alá sobre o novo presidente; e o bispo gay Gene Robinson “invocará as bênçãos divinas” sobre Obama. E qual o nome escolhido para representar, assim, como diríamos... os evangélicos conservadores? O pastor Rick Warren, conhecido por ser um “conservador light” ou, como ressaltam alguns, "um dos mais liberais entre os conservadores". Ele fará apenas uma oração. Rick Warren é o máximo de conservadorismo que Obama admite ao seu lado, mesmo assim contrabalançado "prudentemente" com Alá e Gene Robinson. Ah, sim: o pregador oficial do culto de amanhã é ninguém menos do que a pastora liberal Sharon Watkins, que defende o aborto e o casamento homossexual.
Não é à toa que Obama já anunciou que sua primeira medida como presidente será decretar a Lei de Liberdade de Escolha (LLE), que tornará debalde toda a luta dos movimentos pró-vida dos EUA daqui para frente (veja e ouça Obama fazendo a promessa aqui, saiba o que é a LLE aqui e veja o protesto marcado contra esse ato para o dia 22 em Washington aqui). Sabendo disso, o presidente Bush decretou, antes de sua despedida, o Dia nacional de Santidade da Vida, um dia pró-vida de reflexão e oração (leia o texto do decreto em português aqui).
Ademais, o “messias” midiático Barack Hussein Obama, aquele que já é sem nunca ter sido (aquele que estranhamente já é proclamado em alto e bom som como um dos maiores presidentes da história dos EUA sem nunca ter exercido um dia só de mandato até então), toma posse hoje com a mídia ocidental quase que totalmente genuflexa de amores diante dele. É só tomarmos como exemplo o caso brasileiro. Nunca a posse de um presidente norte-americano teve uma cobertura tão grande da mídia brasileira. Nunca. E mais: jornalistas daqui e de lá chegam a escrever textos poéticos extremamente melosos não apenas exaltando Obama, mas também ressaltando a fé que têm de que ele fará mudanças e transformações profundas que afetarão positivamente todo o mundo. Detalhe: Obama nunca fez nada na vida que justificasse essa crença em mudanças concretas e substanciais. Ele construiu a sua campanha apenas com retórica. Escrevemos muito a respeito no final do ano passado (clique aqui e aqui). Outro detalhe é que ele repetiu no seu discurso de posse hoje a mesmíssima frase de Lula em seu discurso de vitória em 2002 ("A esperança venceu o medo"). Quem escreveu o discurso de posse de Obama foi o mesmo rapaz de 27 anos que escreveu todos os seus outros discursos de campanha: John Favreau.
Obama já começa mal, pedindo as bênçãos de Alá e as de um deus ecumênico e que abençoa o homossexualismo – eis mais um motivo para orarmos pelos EUA.

A edição de fevereiro do jornal Mensageiro da Paz deverá estar disponível à venda já a partir de amanhã e nas filiais da CPAD, até sábado. A nova edição do MP traz matérias sobre o despertar do anti-semitismo no mundo depois da ofensiva de Israel ao Hamas; sobre a cristalização do ensino do Criacionismo de cunho científico em escolas e em uma universidade brasileiras; sobre a verdadeira história dos hinos 1, 5, 8, 84, 96 e 187 da Harpa Cristã; e artigos sobre Liderança Cristã, o erro de usar as Escrituras como uma espécie de livro de auto-ajuda, o movimento herético Crescendo em Graça etc, além de matérias internacionais e sobre eventos regionais da Assembléia de Deus pelo Brasil.
Quem quiser assinar o maior jornal evangélico do país, ligue para (21) 2406-7416 ou 2406-7418. Para comprar cotas, você poderá fazê-lo por esses mesmos números ou pelo 0800-021-7373.

Ver o asssunto mais completo com postagens: http://silasdaniel.blogspot.com/2009/01/obama-j-comeou-mal-oremos-pelos-eua.html

Luciano

Gálatas: a Epístola da Liberdade Cristã (cap.3)

19:29:00

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Exórdio
No capítulo 3 da Epístola aos Gálatas, Paulo prossegue com os argumentos favoráveis ao genuíno[1] evangelho de Cristo, e ao seu apostolado. Todavia, nos capítulos 1 e 2, os defendera com argumentos históricos e autobiográficos, agora com argumentos doutrinários e teológicos. Nos capítulos antecedentes, o testemunho e a experiência de Paulo no evangelho provam à origem divina e a veracidade de sua pregação e apostolado. Neste capítulo, Paulo desdobrará a proposição dos versículos 18-21 do capítulo 2, a fim de provar teologicamente a veracidade e autenticidade do evangelho e da fé salvífica em Cristo.

Tema

A defesa essencial da doutrina paulina neste capítulo é: a fé em Cristo constitui a única via histórica capaz de conduzir o homem à salvação (vv.6-29). Nestas perícopes Paulo prova a doutrina da justificação pela fé com base nos seguintes argumentos:


a) No exemplo da justificação de Abraão (vv.6-14);

b) Na natureza e características da Lei (vv. 15-22);

c) No testemunho do próprio Antigo Testamento (vv.23-25);

d) Na estabilidade do pacto abraâmico (vv.26-29).


Fontes da Argumentação

Na Argumentação Teológica desta seção, Paulo recorre à autoridade histórica e doutrinária das Escrituras Sagradas do Antigo Testamento. Sua apologia demonstra que alguns desses textos estavam no ardor da exegese e polemia entre os gálatas, são eles: v. 6 – Gn 15.6; vv. 7,8, 16 – Gn 12.2,3,7; v.10 – Dt 27.26 (cf. os vv.12,13,16; 4.22,23,27,30). Enquanto os gálatas interpretavam a Cristo a partir do Antigo Testamento; Paulo interpretava o Antigo Testamento a partir de Cristo (interpretação cristológica – cf. Lc 24.44-46).


Estrutura

1. Primeira Prova: A experiência pentecostal dos gálatas (vv.1-5);

2. Segunda Prova: A experiência fidedigna de Abrão (vv.6-14);

3. Terceira Prova: A irrevogabilidade pactual da Lei (vv.15-22);

4. Quarta Prova: O caráter didático e condutor da Lei (vv.23-29).


Conteúdo Doutrinário

Na exposição do capítulo, Paulo destaca sete doutrinas basilares da fé cristã, a saber: 1) A justificação pela fé (vv.3,6,8,11,21,24); 2) A bênção divina pela fé (vv.8,9,14); 3) A irrevogável e gratuita herança do crente (vv.18,29); 4) A filiação divina (v.26,27); 5) O dom do Espírito (vv.2,3,5,14); 6) A vida pela fé (vv.11,12,21); 7) A queda da barreira étnica, social, histórica e religiosa em Cristo (v.28).


Exposição

Paulo inicia o primeiro argumento com uma expressão grave: “Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade” (v.1). Esta invectiva interjetiva, mais do que uma expressão retórica, demonstra o quanto Paulo estava admirado de os crentes gálatas terem passado do “evangelho da graça” para um “evangelho de natureza diferente” (1.6). O termo “insensato”[2] literalmente quer dizer “descabeçados”, “desajuizado”. Em sua verve, o apóstolo emprega um termo raro nas páginas do Novo Testamento, “fascinou”[3], isto é, “enfeitiçou” (NVI). Embora “Jesus Cristo crucificado” fosse apresentado poderosamente aos gálatas (v.5), eles estavam sendo dissuadidos tanto da verdade cognitiva do evangelho como da experiência pneumatológica do Espírito (vv.3-5).


Nos versículos 6-29, Paulo apresenta aos crentes gálatas os fundamentos doutrinários de seu argumento principal: a fé em Cristo constitui a única via histórica capaz de conduzir o homem à salvação (vv.6-14). Na seção dos vv.15-22, Paulo responde a verdadeira função da Lei:


a) A Lei foi acrescentada à promessa por causa da transgressão (v.19);

b) A Lei foi dada aos homens para convencê-los da necessidade de um Salvador (vv.19,20);

c) A Lei foi planejada como aio para levar o homem a Cristo (v.24).

[
[1] Contrário ao “outro evangelho” ( heteron euaggelion). Paulo chama também de “evangelho segundo os homens” (euaggelion kata anthropon) – Gl 1.11.
[2] No grego, anoētoi é vocativo plural do adjetivo anoētos, isto é, “tolo”.
[3] No grego ebaskanen está no 1º.aoristo indicativo ativo de baskaíno.

Esdras Costa Bentho
(RJ-Brasil)
é paraibano, casado com Ana Paula, e pai de Esdras Júnior e Philipe Bentho. É pedagogo, teólogo, escritor e redator das Lições de Jovens e Adultos da CPAD.

Luciano

As minhas verdadeiras ovelhas

12:57:00

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ÀS MINHAS VERDADEIRAS OVELHAS

Leitura Bíblica: (Ezequiel 34:16-20)
16 A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com justiça. 17 Quanto a vós outras, ó ovelhas minhas, assim diz o SENHOR Deus: Eis que julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes. 18 Acaso, não vos basta a boa pastagem? Haveis de pisar aos pés o resto do vosso pasto? E não vos basta o terdes bebido as águas claras? Haveis de turvar o resto com os pés? 19 Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os pés e bebem o que haveis turvado com os pés. 20 Por isso, assim lhes diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo julgarei entre ovelhas gordas e ovelhas magras. (Ez 34.16-20)

Amadas e queridas ovelhas, precisamos analisar os tempos e as conjunturas da igreja como diz a Palavra de Deus: aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Ap 2.7). Estamos passando por momentos difíceis e de lutas. Isso é bom porque, nesse momento, Deus nos aperfeiçoa e prova quem realmente nós somos. Nos momentos de lutas e de crise que o pastor consegue identificar as verdadeiras ovelhas ou bodes. A ovelha é submissa, tratável, obediente, humilde diante de seu pastor; os bodes desconhecem o seu pastor, não são tratáveis, desobedientes e cheios de coisas perigosas à fé. A ovelha sabe que um dia foi perdida e que nunca fez nada que agradasse a Deus antes da sua conversão; são eternas dependentes da graça de Deus pelo sangue do Cordeiro. Os bodes jamais reconhecerão isso e sempre estarão contra a vontade de Deus.



O texto de Ezequiel fala exatamente isso: Deus julgaria quem eram ovelhas ou bodes diante do cativeiro babilônico. A provação diante do grande imperador Medo-persa seria o meio de Deus saber que eram rebeldes e submissas ou quem eram sensíveis à voz do Senhor Deus. Assim, precisamos saber que nós demonstramos ao pastor de uma igreja quem nós somos diante dos problemas na igreja. Somos ovelhas ou bodes? Pelos frutos o pastor conheceria quem é bode ou ovelha.



A ovelha precisa saber não pisar os pastos. Sabemos que Deus tem nos dado pastos verdes pela graça de Deus. Quando a igreja prega todo o conselho de Deus com ensino bíblico em exposição plena da Palavra de Deus; quando a cruz é ministrada e a exaltação do nome de Jesus é uma realidade, esse pasto não pode ser pisado como diz o verso 19. Deus julgaria as ovelhas magras porque elas tinham pasto, mas pisavam neles. Assim Deus trata com sua igreja e trata com o seu povo, pois Deus coloca na sua igreja pastores e mestre pelo seu Espírito (Ef 4.11; At 20.28-30). Paulo adverte que haveria alguns que tentariam arrastar o rebanho e desfazer o que Deus colocou como autoridade na sua igreja desde os primeiros tempos da sua igreja.
A verdadeira ovelha está ao lado de seu pastor; descansa nos braços do pastor e se for para escolher entre ovelha e pastor, a lógica é que a ovelha escolha o pastor, pois uma simples ovelha não sabe para onde vai, não tem autoridade espiritual e nem conhece as Escrituras. A ovelha deve ser íntima de seu pastor, honrá-lo e tê-lo sempre ao seu lado por causa dos lobos, dos falsos obreiros e falsos irmãos.



Paulo admite que existem, na igreja, falsos irmãos (2Co 11.13; 26; Gl 2.4). Como saber? Pelo texto sagrado Paulo adverte que esses investem contra autoridades espirituais. Por isso, Paulo disse “em perigos de falsos irmãos” à igreja de Corinto. Fica claro que esses falsos irmãos investiram contra o apóstolo Paulo, até contra o apóstolo João (3 Jo 9-10). Outra característica de um falso irmão é que fica observando momentos e situações para criticar o pastor e evidenciá-lo. Paulo deixou claro quando falou aos gálatas que os falsos irmãos o estavam espreitando. O verbo grego kataskopeö quer dizer espiar secretamente. O que estava havendo na igreja da Galácia era exatamente isso. Os pseudadelphos (falsos irmãos) estavam espionando Paulo para pegá-lo em alguma coisa. Isso é uma característica de falso irmão e digno de termos cuidado com pessoas que agem dessa forma.



Às minhas verdadeiras ovelhas eu quero dizer que estou à disposição de dar a minha vida, pois o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas, mas preciso que essas deixem qualquer insinuação contra o pastor. Paulo alertou aos romanos que pessoas que causam divisão e escândalo devem ser evitadas fugindo delas (Rm 16.17). A palavra skandalon era uma pedra que ficava à margem do caminho para derrubar pessoas. Uma pessoa se torna escândalo quando ela é a causa de uma igreja dividir, colocar líderes em evidência e rebelião. Pelas escrituras tais pessoas não ficaram e nem ficarão sem punição, pois o mesmo Deus de Moisés e Davi é o nosso. Deus foi peremptório com cada uma delas e tratou como Pai para aqueles que são filhos e como Juiz para aqueles que não são. Portanto, Paulo adverte à igreja de Roma que devemos nos afastar de tais pessoas, pois essas causarão transtornos à fé e ao Reino de Deus.



Amados, quero terminar dizendo que a nossa luta não é contra carne nem sangue, mas contra as forças das trevas e toda rebelião provém do diabo. Rebelião não é uma simples discordância do líder, mas uma revolta contra a liderança desse líder. Portanto, muito cuidado, pois o mesmo Deus que me trouxe até aqui, deu-nos graça e fez essa igreja chegar aonde chegou cortará os ramos e galhos secos trazendo paz e graça à sua igreja. Deus os abençoe.
Autor: Pr.Francisco Mário Magalhães

Luciano

FELIZ 2009!

00:31:00

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Em 2009, busque cada vez mais, conhecer a vontade de Deus para a sua vida!

"Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda" (Sl 139.16)

Luciano